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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Sing - Quem Canta Seus Males Espanta
Sinopse: Um empolgado coala chamado Buster decide criar uma competição de canto para aumentar os rendimentos de seu antigo teatro. A disputa movimenta o mundo animal e promove a revelação de diversos talentos da cidade, todos de olho nos 15 minutos de fama e US$ 100 mil dólares de prêmio.
Elenco: Matthew McConaughey, Reese Witherspoon, Seth MacFarlane, Scarlett Johansson, John C. Reilly, Taron Egerton, Tori Kelly, Jennifer Saunders. Diretor: Garth Jennings.
Faz um tempo que li uma matéria de um crítico onde ele dizia que com o maior acesso à tecnologia que ficou mais barata, agora existe um número tão grande de animações que vão para o cinema que fazem a qualidade imagem melhorar drasticamente e a qualidade do roteiro piorar. Uma das vítimas desses novos tempos é a Pixar que, convenhamos, seu último grande filme empolgante e que emocionou de verdade foi Toy Story 3 (2010) e por isso mesmo não vê outra solução do que lançar continuações de grandes sucessos, pois suas novas investidas estão sendo mais criticadas. No caso da Illumination, que produziu este Sing - Quem Canta Seus Males Espanta e também Meu Malvado Favorito e Pets é exatamente o estúdio que demonstra se aproveitar com inteligência desses novos tempos, onde busca usar a fórmula de investir mais em personagens extremamente carismáticos do que em um grande roteiro.
Mais uma vez quem dubla os títulos de filmes americanos no Brasil, coloca aqui um subtitulo desnecessário, "quem canta seus males espanta".
Admirável por parte da parte da Illumination, o estúdio demonstra que não precisa se prender aos Minions para buscar sucesso em seus filmes. Está certo que a Pixar faz uma jogada muito interessante, onde encontramos referências e personagens que fazem seus filmes se casarem, mas isso quem faz muito bem é a Pixar, a Illumination foge disso, em um filme como Sing ou Pets, não temos nenhuma menção do Gru, dos Minions, etc...
Sing é declaradamente um filme voltado para o público infantil, demonstra não ter medo de se utilizar de esteriótipos para construir os personagens e vários clichês acabam aparecendo. Se tratando de um filme com muita música, personagens cantando, os que não curtem muito musicais não precisam se preocupar, pois a dosagem entre música e filme foi bem dosado, não se tornando enjoativo. A trilha sonora é bem variada, passando, por exemplo, por Frank Sinatra, Aerosmith, Eminen e Kate Perry.
Sing está longe de superar outras animações lançadas recentemente, mas é uma boa escolha para levar seus filhos e também curtir um bom momento em família.
Trailer do Site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)
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domingo, 18 de dezembro de 2016
Rogue One - Uma História Star Wars
Sinopse: Ainda criança, Jyn Erso (Felicity Jones) foi afastada de seu pai, Galen (Mads Mikkelsen), devido à exigência do diretor Krennic (Ben Mendelsohn) que ele trabalhasse na construção da arma mais poderosa do Império, a Estrela da Morte. Criada por Saw Gerrera (Forest Whitaker), ela teve que aprender a sobreviver por conta própria ao completar 16 anos. Já adulta, Jyn é resgatada da prisão pela Aliança Rebelde, que deseja ter acesso a uma mensagem enviada por seu pai a Gerrera. Com a promessa de liberdade ao término da missão, ela aceita trabalhar ao lado do capitão Cassian Andor (Diego Luna) e do robô K-2SO.
Elenco: Felicity Jones, Diego Luna, Ben Mendelsohn, Mads Mikkelsen, Forest Whitaker, Donnie Yen, Jiang Wen, Alan Tudyk. Diretor: Gareth Edwards.
Dentre todos os fatores, certamente é disparado como um dos melhores quesitos do filme a escolha de elenco, um espetáculo a parte. Antes, em antigos filmes de Star Wars, a escolha de elenco era resumindo em protagonistas do sexo masculino e brancos, hoje vemos protagonistas mulheres (Star Wars Ep. VII e Rogue One) que apesar de muito bonitas, não foram exigidas vestirem roupas coladas e curtas, o que é abusivo quando ocorre. Todo o elenco tem a presença de latinos, afrodescendentes, asiáticos, todos escolhidos pelo talento e presença de cena, não por cotas, acho isso espetacular. Sou um fã incontestável de Donnie Yen e Forest Whitaker que neste filme, novamente, justificaram o motivo de serem atores. Apenas Felicity Jones não conferi muitos de seus filmes, mas justifica sua presença de protagonista assim como Daisy Ridley no Episódio VII, com uma atuação sincera e que prova que são jovens com um futuro brilhante no cinema.
Rogue One é uma história paralela, se encaixa entre as histórias do episódio III e IV, isso não é a primeira vez que ocorre com a saga Star Wars, tivemos Caravana da Coragem, foram dois filmes, um de 1984 e outro de 1985, onde os protagonistas eram os Ewoks, os alienígenas fofinhos de O Retorno de Jedi (1983). Outras histórias paralelas virão, como a intenção dos estúdios de colocar na tela um filme sobre a vida de Han Solo.
Muitos apontam Rogue One como "o melhor Star Wars de todos os tempos", acho que é, talvez, forçar um pouquinho, é um ótimo filme, mas para mim, claro, em uma opinião bem pessoal, o melhor filme de Star Wars é O Império Contra Ataca (1980) o que considero o mais bem dirigido, o mais sério e sombrio, tudo o que eu gosto em filmes deste estilo.
Lindo demais é ver aquelas máquinas do império que vimos em O Império Contra Ataca, que é a Rapid Fire, quadrúpede que Luke Skywalker derrubou na neve e em O Retorno de Jedi, a Walker (AT-ST)
aquela bípede que os Ewoks enfrentaram, sendo utilizadas novamente, simplesmente não pisquei.
Rogue One abusa de referências e este talvez seja seu maior defeito, se auto-declara independente na saga, tanto que não utiliza o clássico letreiro no início e nem a arrebatadora trilha de John Williams, mas é óbvio que usa os filmes clássicos como muleta e isso se torna tão óbvio que a gente chega a dizer "produtores, coloquem de uma vez o letreiro clássico para abrir o filme", a referência mais positiva que o filme faz são suas sequências de conflitos que foram baseadas na segunda-guerra mundial.
Outra questão que incomoda bastante neste filme, que quase ninguém está comentando, é a biografia da personagem principal que se torna um clichê já cansativo, que Jyn Erso (Rogue One) precisou ser separada da família pra ter seu destino traçado, algo que ocorreu com Rey (Episódio VII). Podemos também dizer que esta é a mesma trajetória de vida de Luke Skywalker (morava com os tios que foram assassinados no Episódio IV) ou até Anakin Skywalker (mãe assassinada no Episódio II). Todo protagonista de Star Wars precisa ser órfão que desperta para sua trajetória em determinado momento da adolescência? Não me espantaria que no filme derivado de Star Wars sobre a vida de Han Solo, irão inventar que ele se tornou um contrabandista intergalático porque foi abandonado pelos pais.
Defeitos também em colocar Darth Vader poderoso demais, tendo em vista que a história se passa entre os episódios III e IV, este filme que é um "III 1/2" está mais forte e poderoso que no episódio IV, incoerente no mínimo.
Verdade seja dita, Rogue One está para se tornar um dos melhores, senão o melhor, filme do ano, mas dizer que é o melhor filme de todos da saga, infelizmente é mentira, jamais irá superar O Império Contra Ataca (ou simplesmente Episódio V).
Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
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FONTE CINEMA
domingo, 11 de dezembro de 2016
Fallen
Sinopse: Responsabilizada pela misteriosa morte de seu namorado, Lucinda Price
(Addison Timlin) vai para um reformatório. Em Sword & Cross ela se
aproxima de Daniel Grigori (Jeremy Irvine), sem saber que ele é um anjo
apaixonado por ela há milênios, e também não consegue se manter afastada
de Cam Briel (Harrison Gilbertson), outro que luta há tempos por seu
amor.
Elenco: Addison Timlin, Jeremy Irvine, Harrison Gilbertson, Joely Richardson, Sianoa Smit-McPhee, Sianoa Smit-McPhee, Juliet Aubrey, Daisy Head. Diretor: Scott Hicks
Fallen é realmente um sucesso de vendas quando se trata de seu livro, escrito por Lauren Kate, que teve sua maior venda aqui no Brasil (mais de 10% da quantidade de livros vendidos, foram por aqui), mas sua adaptação foi anunciada a anos e uma longa e entediante espera irritou os fãs. Este "golpe" foi duro para a produção, que chega ao cinema com a fórmula que deu certo de início, mas agora está desgastada e entediante, que é a adaptação cinematográfica de livros para o público adolescente.
Desta vez, a disputa pela mocinha é travada não por vampiros, lobisomens, guerreiros de reality show ou portadores de talentos especiais. Em Fallen, o triangulo amoroso é formado por uma "humaninha" cheia de problemas e anjos, sim, isso mesmo, ANJOS. O que mais falta inventar?
A pobre mortal Lucinda já tem sua vida recheada de desgraças desde o início, responsabilizada pela morte do próprio namorado, é internada e assim conhece o anjo Daniel. Seu amor é incondicional por ela e demonstra ser alguém dedicado para Lucinda de uma forma sem limites. Daniel vive um dilema, sendo um anjo caído precisa escolher entre ir para o lado de Deus ou do diabo. Como se já não bastasse, aparece Cam, um anjo que escolheu o lado do capeta que faz Lucinda se sentir dividida.
Vamos aqui montar o contexto da obra. Temos Lucinda, uma humana com a vida toda desgraçada e bagunçada, temos Daniel, um anjo caído com conflitos no qual se apaixona pela humana e temos outro anjo, Cam, este encapetado rebelde que divide o amor da menina e a faz ficar em dúvidas. Em uma obra passada, tivemos Bela, Edward e Jacob, resumindo, é assistir a mesma coisa.
É difícil não pensar em como essas obras distorcem muitas coisas, o fato da protagonista precisar ser toda frágil e cheia de desgraça na vida, faz as meninas se identificarem tanto que se torna perigoso, como por exemplo, ser humana e tocar a vida é mesmo uma droga.
Em Fallen, no caso, são anjos a "bola da vez". Anjos caídos, um deles na dúvida se fica do lado de Deus ou do tinhoso, mas se a escritora Lauren Kate pesquisasse um pouco mais, saberia que anjos caídos são os que caíram com Lucifer após Deus expulsa-lo do céu quando tentou tomar seu lugar. Se foram expulsos, como podem ainda optar para ficar do lado de Deus?
Parte técnica, talvez a fotografia ajude algo no filme, mas a direção é ausente, edição totalmente fora de contexto e atuação para baixo de medíocre.
Essas obras adolescentes atuais infelizmente distorcem demais tudo o que amamos em filmes do gênero. Colocando anjos agora, Fallen ofende a questão de que lado ficamos, do bem ou do mal, e com certeza, muitas meninas vão se derreter para se apaixonar por um demônio. Mais uma vez, estão tentando provar que ser um humano é uma porcaria. Desculpem, mas nada se salva de útil em histórias assim.
Trailer do site:
http://www.adorocinema.com/
(Crítico e Diretor de Curtas)
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FONTE CINEMA
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Anjos da Noite - Guerras de Sangue
Sinopse: Selene (Kate Beckinsale) é uma guerreira vampira que luta para acabar
com a guerra eterna entre o clã Lycan de lobisomens sanguinários e a
facção de vampiros que a traiu. Quando um novo levante parece tomar
forma, ela irá utilizar sua influência e relacionamento com ambas as
partes para negociar um cessar fogo.
Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Tobias Menzies, Lara Pulver, Charles Dance, Daisy Head, Bradley James (II), James Faulkner. Diretor: Anna Foerster.
Anjos da Noite tornou-se uma franquia que, como Resident Evil (que virá também com novo filme) algo que podemos dizer "de novo...". Confesso que não gostei muito do primeiro filme e assim permaneceu até este novo, resulta em filme sem nenhuma novidade. Claramente, a terceira parte, Anjos da Noite 3: A Rebelião (2009), protagonizado por Rhona Mitra, mostrou claramente que Kate Beckinsale naquela época tinha mais o que fazer.
A franquia de Anjos da Noite possui uma legião de fãs e eles devem ser respeitados, certamente o andamento da história em todos os filmes faz com que pessoas amem esse universo. Mas para pessoas que assistem o filme, naquela visão de apenas "assistir o filme sem compromisso", não chega a visualizar todo encantamento que o mesmo causa nos fãs. A franquia já está cansada, esgotada, isso se percebe no andamento desta última parte.
Talvez o maior atrativo do filme, infelizmente, acabam sendo os efeitos especiais, cenários, fotografia e outros quesitos técnicos. Digo que é uma pena, porque daqui a poucos anos tudo isso será superado, novas técnicas e novos efeitos especiais serão desenvolvidos e filmes que se apoiam tanto nisso serão mal julgados.
Dou ponto positivo pelo elenco. Kate Beckinsale, uma das atrizes mais bonitas dessa geração e muito talentosa, acaba sendo a salvação de um dos únicos quesitos do filme que não é técnico. Charles Dance (de Game of Thrones e o que é para mim o eterno vilão de O Rapto do Menino Dourado, o maléfico Sardo Numspa) sempre vai ser uma presença notável em qualquer filme. Mas a direção de Anna Foerster, cumpriu tabela.
O pior nesses filmes novos de vampiros e outras criaturas, é a tentativa de tentar modernizar criaturas ao ponto de fazer Christopher Lee e Bela Lugosi se retorcerem no túmulo. Para você ter uma ideia, de acordo com este filme ou alguns outros de uma outra franquia que ainda bem que chegou ao seu fim, ao se tornar um vampiro, você se torna um tipo de ninja imortal, ou então, uma criatura que possui poderes do Flash, Superman, Wolverine e que de quebra brilha feito diamante quando a luz do sol o atinge.
Anjos da Noite, Crepúsculo, Drácula 2000 e outras pérolas modernas são exemplos de como se pode distorcer as grandes lendas de vampiros e lobisomens. Querem recomendações extraordinárias de filmes desses temas? Entrevista com Vampiro, Um Lobisomem Americano em Londres, Drácula de Bram Stoker, os filmes de Christopher Lee ou até mesmo um mais moderno, Vampiros de John Carpenter, que mesmo que tenha suas críticas, manteve respeitosamente as características dos vampiros.
Até mesmo novelas brasileiras de vampiros, Vamp é de longe muito melhor que O Beijo do Vampiro, Ney Latorraca foi um Drácula sensacional.
Estão tentando demais dizer que é melhor ser vampiro ou lobisomem nessas novas obras, mostrando ao público que ser um humano é, desculpem o palavreado, uma merda.
Esta nova parte de Anjos da Noite, tem qualidades, mas não é a linha de filme do tema que me agrada.
TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
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FONTE CINEMA
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Jack Reacher: Sem Retorno
Sinopse: Jack Reacher (Tom Cruise) retorna à base militar onde serviu na
Virgínia, onde pretende levar uma major local, Susan Turner (Cobie
Smulders), para jantar. Só que, logo ao chegar, descobre que ela está
presa, acusada de ter vazado informações confidenciais do exército.
Estranhando a situação, Reacher resolve iniciar uma investigação por
conta própria e logo descobre que o caso é bem mais pessoal do que
imaginava.
Elenco: Tom Cruise, Cobie Smulders, Robert Knepper, Aldis Hodge, Danika Yarosh, Holt McCallany, Robert Catrini, Sue-Lynn Ansari. Diretor: Edward Zwick.
Tom Cruise é um cara da ação, tiros, explosões e missões impossíveis. Claro que o ator é do mais alto escalão de Hollywood e fez muitos filmes dramáticos (um dos meus favoritos é Rain Man) ou românticos. Mas ele abraçou definitivamente a ação e mistério e se transformou em um dos símbolos desses gêneros. Mesmo chegando aos seus 54 anos de idade, o que impressiona por parecer bem mais jovem, suas capacidades físicas de realizar grandes cenas de ação continuam intactas. Mas quem abusou bem mesmo das cenas de ação, foi Cobie Smulders, que não usou dublês na maioria das cenas.
Jack Reacher: Sem Retorno é a continuação do filme de 2012, Jack Reacher: O Último Tiro. Quero fazer uma observação sobre o título do filme de 2012. O que me irrita tanto quando um filme americano chega ao Brasil, é na tradução do título, pois não sei o motivo, quem dubla o nome dos filmes sente uma necessidade imensa de colocar um subtítulo para nós. Veja bem, um filme cujo título americano é apenas Jack Reacher, aqui ganhou um anexo "O Último Tiro", então, como pode ser o "último tiro" se o filme ganhou uma sequencia? Claro que iremos justificar que nosso idioma não é inglês e por isso precisamos colocar um nome em anexo em português, mas o que podemos justificar, por exemplo, em nomes de filmes como Taxi Driver: Motorista de Taxi (esse forçou) ou então Hook: A Volta do Capitão Gancho? Ou o que eu acho a tradução mais ridícula já feita para um título de filme na história: Cidade dos Sonhos, dado como o maior spoiler da história. Além disso, Jack Reacher é o nome do personagem, então para que um subtitulo?
Ambos os filmes do Jack Reacher são declaradamente de ação, não exigindo nenhuma explicação sobre origens de personagens ou um roteiro muito elaborado, mas é uma proposta do gênero para Tom Cruise além do universo de Missão Impossível.
O filme foi rodado em Nova Orleans, e o orçamento 96 milhões de dólares. Podemos dizer que o dinheiro gasto foi dentro de uma média nos dias atuais, mas antigamente era um escândalo gastar tanto dinheiro assim em um filme como este. Não podemos reclamar, porque realmente vimos que foi um dinheiro bem investido com uma produção de dar inveja e se o filme arrecadar mais do que gastou, não tem problema.
Jack Reacher: Sem Retorno, infelizmente caiu em uma fórmula que geralmente acontece com filmes de ação que são sequência. Existem muitos clichês e um grande esforço de nos fazer aceitar que Reacher precisa ser o novo grande ícone dos fãs. Muito arriscado aliás, porque Tom Cruise é a cara de Ethan Hunt, este sim um personagem que tem bagagem nas séries e cinema. Trabalhar com dois heróis ao mesmo tempo, não nos faz recepcionar muito bem um ou o outro e assim as comparações entre Reacher e Hunt são inevitáveis.
Ao menos a escolha do elenco é muito boa, além de Tom Cruise, que já comentei que faz parte do primeiro escalão do cinema, também contamos com a presença outros dois que conhecemos de séries muito queridas, Cobie Smulders de How I Met Your Mother e Robert Knepper que fez um dos personagens mais queridos de Prision Break, o T-Bag. O diretor é Edward Zwick, que trabalhou com Tom Cruise em outras oportunidades como O Último Samurai.
Criticas a parte, tanto o primeiro filme de Jack Reacher quanto sua sequência não apresentam nenhuma nova proposta dentro do universo da ação e explosões, assim sendo filmes comuns do gênero e que nos esqueceremos dentro de uma semana no máximo, mas mesmo assim proporcionam boa diversão e com certeza fazem jus ao currículo de Tom Cruise, melhores até do que alguns de seus vários outros filmes.
Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Sinopse: O excêntrico magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega à
cidade de Nova York levando com muito zelo sua preciosa maleta, um
objeto mágico onde ele carrega fantásticos animais do mundo da magia que
coletou durante as suas viagens. Em meio a comunidade bruxa
norte-america, que teme muito mais a exposição aos trouxas do que os
ingleses, Newt precisará usar todas suas habilidades e conhecimentos
para capturar uma variedade de criaturas que acabam fugindo.
Elenco: Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Dan Fogler, Alison Sudol, Colin Farrell, Ezra Miller, Samantha Morton, Jon Voight. Diretor: David Yates
Aos eternos fãs de Harry Potter, vem este presente: Animais Fantásticos e Onde Habitam. Primeiro filme dentro do universo do personagem desde Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte II, em 2011. Não sou nenhum "fã obsessivo" do bruxinho como vemos por ai, mas confesso que Animais Fantásticos e Onde Habitam é um spin-off bem produzido com uma proposta diferenciada e acaba sendo mais interessante do que alguns filmes do Harry Potter (não sou o dono da razão, respeito quem ama os livros e os filmes).
Quando o colecionador de criaturas mágicas, Newt Scamander,
chega à Nova York, ele acidentalmente deixa algumas delas escaparem de
sua maleta encantada. Agora ele precisa recuperá-las enquanto descobre
que algo muito mais sinistro está acontecendo com a comunidade bruxa
americana.
Apesar de tantos filmes, esta é a primeira vez que J.K. Rowling (escritora de Harry Potter) também assina o roteiro. Curioso pensar que depois de tantos filmes de seu querido personagem, ela esperou um spin-off para cumprir a missão. Cumpriu, alias, muito bem. Não afirmo que é um roteiro perfeito, até porque nunca li nenhum livro dela para comparar, mas posso dizer que é muito bom, pois a história parecia que cairia em um nível "sem sal", mas na verdade é bem interessante e combinado a boa direção de David Yates tornou-se um filme completo, que prende a atenção e não exige que o público tenha assistido todos os filmes de Harry Potter.
O público pode também esperar por uma ótima escolha de elenco, sem citar nome a nome, o elenco varia entre vencedores de Oscar, rostinhos bonitos e heróis de ação, onde novamente devo citar a direção de David Yates, combinou em um resultado bem satisfatório. Apenas acho que Eddie Redwayne, o protagonista, ainda não mostrou ao que veio nos cinemas, pois penso ainda que ele deu sorte em pegar o papel de Stephen Hawking no filme A Teoria de Tudo (2014) e levar um Oscar que, para mim, soou no mínimo contestável, já que quem literalmente foi o grande ator daquele ano foi Michael Keaton por Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância).
Crítica de minha parte seria imaginar que o estúdio, novamente de forma gananciosa, planeja expandir para cinco filmes, isto, em minha opinião, estraga filmes que ocupam o meio da franquia. Aconteceu, por exemplo, com O Hobbit, obra de J. R. R. Tolkien que foi lançada em apenas um único livro e os estúdios de cinema decidiram adaptar para três filmes, obviamente visando apenas o lucro para se aproveitar do imenso sucesso que foi a adaptação de O Senhor dos Anéis, porém, nessa obra, cada livro foi transformado em filme e ficaram tão completos que o diretor Peter Jackson teve que literalmente cortar várias partes para caber no cinema. No caso de O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013), que é o "filme 2" da franquia, tornou-se o que podemos dizer de forma bem popular "a encheção de linguiça mais cara da história". Isso sem mencionar outros caça-níqueis totalmente dispensáveis em outras franquias como Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 ou A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1 (alias, obras adaptadas com essa "parte 1" no título, me assusta muito). Vamos torcer para os "dois filmes extras" de Animais Fantásticos e Onde Habitam se tornarem, ao menos, no mínimo, interessantes.
TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Horizonte Profundo - Desastre no Golfo
Elenco: Mark Wahlberg, Dylan O'Brien, Kate Hudson, Kurt Russell, John Malkovich, Gina Rodriguez, John L. Armijo, Joe Chrest. Diretor: Peter Berg
Sinopse: Baseada em eventos reais, a história se passa no Golfo do México, na
plataforma de perfuração marítima Deepwater Horizon. Diante de um dos
piores vazamentos de petróleo na história dos EUA, Mike Williams (Mark
Wahlberg) e os demais trabalhadores embarcados lutam para escapar com
vida do terrível acidente.
Lembro quando fiz a crítica de Presságio (CLIQUE AQUI para assistir), onde o personagem de Nicolas Cage descobre grandes desastres através das previsões feitas por uma garotinha décadas atrás. Uma dessas previsões era um desastre com uma plataforma de petróleo no Golfo do México. Curioso pensar que Presságio é um filme feito em 2009, ou seja, um ano antes do desastre real que Horizonte Profundo se baseia. Estaria o filme Presságio prevendo de verdade a tragédia que Horizonte Profundo nos mostra?
Estrelado por Mark Wahlberg e acompanhado por um elenco sempre competente, Horizonte Profundo - Desastre no Golfo procura já construir seus momentos de tensão logo no inicio, avisando que o que virá a seguir será tenso. Não poderia ser diferente, pois a tragédia real deixou 11 mortos, 16 feridos e um imenso desastre ambiental, espalhando petróleo por 1,5 quilômetros da costa dos Estados Unidos.
O filme tenta, sem receios, apontar os culpados reais dos acontecimentos. Seja a empresa petrolífera, que posteriormente concordou em indenizar o governo, seja também os executivos capitalistas que pressionam os funcionários.
Muitos julgaram o filme por ter carência de explicações técnicas, mas pensando bem, explicar demais tecnicamente poderia tornar o filme um tédio. Está certo que precisamos fazer o público entender o tamanho do imenso desastre que este filme retrata, mas se prender demais ao quesito técnico, pode prejudicar o filme no que vem em seguida. Creio que vários filmes sobre desastres reais, podemos citar Titanic, Vivos, Tormenta, Enchente: Quem Salvará nossos filhos?, Mar em Fúria, entre outros, não ficaram se prendendo a nos explicar tudo tecnicamente. Penso que se você quer tudo explicado em todos os detalhes, então assista reportagens e documentários.
As maiores presenças do filme são de Kurt Russell e John Malkovich, ambos sempre competentes e já grandes conhecidos do público. A presença de Kate Hudson, que é filha na vida real de Goldie Hawn (sendo assim é afilhada de Kurt Russel, pois ele e Goldie Hawn são casados desde 1983), faz sua atuação assim como o protagonista Mark Wahlberg, ambos sempre fazem seus papéis em bom nível, mas não houve momentos surpreendentes. Na realidade quem mais surpreende é o diretor Peter Berg, pois suas contribuições cinematográficas anteriores não foram de grande expressão, como Bem-Vindo à Selva, Hancock, O Grande Herói e Battleship.
O filme fica bom mesmo, como é o esperado, nos momentos em que o desastre começa a acontecer, assim como é comum em outros filmes baseados em grandes desastres. Para mim, o filme tem seus méritos e algumas críticas, mas nada que atrapalhe o triste fato de retratar um acontecimento terrível e nos alertar.
Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Doutor Estranho
Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Tilda Swinton, Rachel McAdams, Mads Mikkelsen, Scott Adkins, Amy Landecker, Benedict Wong. Diretor: Scott Derrickson
Sinopse: Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) leva uma vida bem sucedida como
neurocirurgião. Sua vida muda completamente quando sofre um acidente de
carro e fica com as mãos debilitadas. Devido a falhas da medicina
tradicional, ele parte para um lugar inesperado em busca de cura e
esperança, um misterioso enclave chamado Kamar-Taj, localizado em
Katmandu. Lá descobre que o local não é apenas um centro medicinal, mas
também a linha de frente contra forças malignas místicas que desejam
destruir nossa realidade. Ele passa a treinar e adquire poderes mágicos,
mas precisa decidir se vai voltar para sua vida comum ou defender o
mundo.
Doutor Estranho era um personagem "estranho" para mim, literalmente. Eu confesso que pouco sabia sobre o personagem e muito menos li alguma HQ. Por isso, talvez, poucas críticas negativas posso fazer em relação ao filme, afinal não tenho como comparar as obras da forma como fiz na crítica do filme Inferno (leia aqui).
Muito bem dirigido por Scott Derrickson, diretor mais acostumado ao universo dos filmes de terror, o filme conta com um elenco simplesmente espetacular, onde quatro deles se envolveram já com o Oscar. Benedict Cumberbatch (indicado por O Jogo da Imitação), Chiwetel Ejiofor (indicado por 12 Anos de Escravidão), Tilda Swinton (venceu por Conduta de Risco) , Rachel McAdams (indicada por Spotlight). Fora claro a presença de outros talentos que não foram indicados ainda para grandes premiações, porém fazem um grande trabalho. Scott Adkins faz aqui, talvez, o que é até este momento seu maior filme, e fez bem.
Até o presente momento a Marvel não errou ao ponto de dizer que algum de seus 14 longas é ruim, temos escorregões como Homem de Ferro 2, Thor ou Vingadores: A Era de Ultron. São filmes bons que se apagaram entre outros espetaculares.
O visual do filme é sensacional, um tom psicodélico que muitos tem comparado a "viagens químicas" (como não tenho experiência no assunto, confio no julgamento dos outros). Os efeitos especiais fazem jus ao novo elemento que a Marvel tentou adotar com este longa, o plano astral. O resultado, em minha opinião, foi bem executado e é impressionante. Claro, que como citei acima, não passei pela experiência de ler as HQs do personagem, então o resultado do filme, para mim, é mais do que satisfatório.
Claro que o filme não é perfeito em tudo. Ao mesmo tempo que se valoriza ao extremo o personagem título, claro, grande parte para justificar que um dos melhores atores da atualidade está no papel (para quem tem dúvidas, assista a série do Sherlock Holmes), achei que valorizaram pouco o vilão do filme. A presença de Tilda Swinton em qualquer filme sempre vai elevar a qualidade, que mesmo no tão criticado filme Constantine (clique aqui para assistir a crítica), seu papel foi perfeito.
Um bom filme, claro, que segue a fórmula batida da Marvel. Menos humor do que Homem-Formiga e é o que mais arriscou em efeitos especiais. Doutor Estranho nos abre para um novo personagem que certamente irá dar as caras em futuros projetos.
Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)
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