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quarta-feira, 30 de março de 2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
Batman Vs Superman: A Origem da Justiça
Sinopse: O confronto entre Superman (Henry Cavill) e Zod
(Michael Shannon) em Metrópolis fez com que a população mundial se dividisse
acerca da existência de extra-terrestres na Terra. Enquanto muitos consideram o
Superman como um novo deus, há aqueles que consideram extremamente perigoso que
haja um ser tão poderoso sem qualquer tipo de controle. Bruce Wayne (Ben
Affleck) é um dos que acreditam nesta segunda hipótese. Sob o manto de um
Batman violento e obcecado, ele investiga o laboratório de Lex Luthor (Jesse Eisenberg),
que descobriu uma pedra verde que consegue eliminar e enfraquecer os filhos de
Krypton.
Elenco: Ben
Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse
Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter, Gal
Gadot e Jason Momoa. Diretor: Zach Znider.
Desde o último trailer, o receio do público era grande. Era notável a vontade dos produtores de mostrarem todo o grande potencial do filme e que além de Batman, Superman e Lex Luthor, no filme também estariam presentes Mulher-Maravilha e Apocalypse. Mostraram demais. Pior, revelaram a informação na internet que Aquaman estaria no filme por alguns minutos e até a cena em que o personagem apareceria e o que ele iria fazer. Todos os receios do público estavam corretos, apesar de algumas surpresas agradáveis, o trailer não mediu esforços de mostrar simplesmente tudo o que o filme teria de interessante, aliás, até mesmo mostrar como é o grande vilão Apocalypse, como ele foi criado e por quem.
O filme não deixa de ser sensacional, seu tom sombrio e a estrutura dos personagens que deveriam ser infalíveis (mas não são) nos faz acreditar mesmo na proposta da DC de fazer filmes mais sérios e mais maduros do que a Marvel. São duas horas e meia de ação, som espetacular e efeitos visuais convincentes. Assistindo o filme, realmente balançamos em decidir qual o personagem que está com a razão.
Para a maior surpresa, justamente o tão criticado Ben Affleck, que o público reprovou tanto sua escalação para o filme, é quem mais colocou personalidade em sua atuação. Nos fez acreditar em um Batman experiente que está totalmente convencido que seu "oponente" é o responsável pelo o que houve de tão catastrófico em Metropolis. Por outro lado, Henry Cavill faz o que já fez em O Homem de Aço, mas infelizmente para sua frustração, o público ainda não esqueceu de Christopher Reeve (Superman em 1978). Quem decepciona um pouco é Jesse Eisenberg, um excelente ator, mas nos oferece um Lex Luthor muito caricato. Aliás, pessoalmente, sou mais a favor de que o personagem seja mais velho e experiente, outro ator que caiu na armadilha da comparação com a atuação de Gene Hackman (Lex Luthor em 1978). O restante do elenco cumpre sua função do que foram pagos para fazer, um destaque para a já ganhadora do oscar, Amy Adams, que dificilmente seria criticada por seu grande talento.
Finalmente falando sobre o diretor, Zach Snyder, é claro que iremos encontrar um filme com muitos conceitos novos, um ótimo visual e um grande trabalho de design. Realmente o diretor tem uma visão inovadora e em todo filme que lança, aparecem novidades. O problema é que o diretor sabe de seu grande talento, algo que faz questão de afirmar nos trailers de seus filmes lançando pérolas no estilo de "do visionário diretor..." ou "da visão extraordinária do diretor...", algo que caberia o público julgar. Soberba e publicidade a parte, o trabalho de Zach Znider dificilmente deixa a desejar no quesito do maior talento dele, o problema é que de vez em quando a construção do personagem é que acaba caindo um pouco na qualidade, como citei o caso de Lex Luthor acima. Mesmo assim gostei da construção de Clark Kent e Bruce Wayne sobre o peso da responsabilidade de serem Superman e Batman.
O uso do óculos 3D achei algo totalmente desnecessário, pois os grandes efeitos visuais já são o suficiente para impressionar.
Julgo o filme como algo que os produtores estavam propondo. Um
grande filme mais sério com o tom sombrio e a luta épica de dois dos maiores
super-heróis da história. Mesmo que pareça uma versão estendida do
trailer, e de fato é, não deixa de ser um espetáculo para nos divertir e
aguardar pelo filme da Liga da Justiça.
segunda-feira, 21 de março de 2016
Zootopia - Essa Cidade é o Bicho
Sinopse: Judy Hopps é a pequena coelha de uma fazenda isolada, filha de
agricultores que plantam cenouras há décadas. Mas ela tem sonhos maiores:
pretende se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde todas as espécies de
animais convivem em harmonia, na intenção de se tornar a primeira coelha
policial. Judy enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, mas
conta com a ajuda inesperada da raposa Nick Wilde, conhecida por sua malícia e
suas infrações. A inesperada dupla se dedica à busca de um animal desaparecido,
descobrindo uma conspiração que afeta toda a cidade.
Animais sempre têm valiosas lições a ensinar em filmes como esse. Claro que mergulhamos em clichês afirmando que coelhos são espertos, patos são mal-humorados, gatos são preguiçosos e aves são malucas. Os personagens de Zootopia se revelaram cativantes e conseguem ensinar diversas lições. Alí vemos uma espécie de cidade habitat, onde os animais meio que se dividem sem nunca esquecer que podem conviver juntos como se fossem uma só espécie. Isso facilita nossa identificação com os personagens, pois todos agem como humanos, seus protagonistas não estão acima do preconceito. A intolerância existe e precisa ser admitida para ser superada, não mascarada com desculpas. Mesmo mostrando a lógica natural entre predadores e presas que ainda não foi completamente superada.
Zootopia é mais um trabalho que marca uma nova fase dos
estúdios Disney. Desde Detona Ralph eu comecei a mudar minha opinião sobre as
animações deles que para mim perdia feio para a Pixar. Este filme é divertido,
que tem uma mudança em seu percurso deixando de ser uma animação
"fofa" para abordar tudo de uma forma inteligente sem deixar de lado
a diversão.
Em minha opinião, Zootopia só não é perfeito pelo recurso
utilizado de clichês para criar os personagens, nem por isso o filme não deixa
de ser divertido e com um assunto muito interessante.
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)
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