Sinopse: O capitão Salazar (Javier Bardem) é a nova pedra no sapato do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp). Ele lidera um exército de piratas fantasmas assassinos e está disposto a matar todos os piratas existentes na face da Terra. Para escapar, Sparrow precisa encontrar o Tridente de Poseidon, que dá ao seu dono o poder de controlar o mar.
Elenco:
Diretores: Joachim Rønning, Espen Sandberg.
Piratas do Caribe iniciou nos cinemas de maneira promissora, o primeiro longa surpreendeu por sua adaptação fantástica da atração da Disney e também rendeu uma indicação ao oscar de Johnny Depp, sem contar os impressionantes efeitos especiais e a trilha sonora que se colocou em uma das maiores obras do cinema atual. Suas sequencias não renderam a mesma qualidade, cada vez mais descendo a qualidade de roteiro e também se apoiando totalmente no carisma de Jack Sparrow. Um dos maiores sinais de que o dinheiro é apenas o que importa, a segunda parte e a terceira parte foram filmados de uma vez só, como um filme apenas que foi dividido em dois, para que ambos fossem lançados com um curtíssimo período de diferença. Sinal do cansaço total foi a quarta parte, que saiu da linha que seguia, surgindo com novos personagens desinteressantes e uma história fraca.
Embora as críticas cada vez mais aumentaram, a franquia apenas subiu em bilheteria, algo impressionante tendo em vista todos os pontos negativos que os filmes foram acumulando.
A Vingança de Salazar, como se saiu?
A quinta parte dos Piratas do Caribe, de uma forma impressionante consegue respirar. Não mais interessante que o primeiro longa, claro, o filme se saiu bem, com um roteiro um pouco mais interessante. Todos os filmes sempre tiveram um grande elenco, com indicados ao oscar ou vencedores, mas o que sempre pecava era a qualidade do enredo. Agora, com a chegada de Salazar (Javier Bardem), ao menos o personagem trouxe um tom interessante.
Visivelmente Johnny Depp está desgastado, seu Jack Sparrow não é tão motivado quanto no primeiro filme da franquia, mesmo assim o personagem é cativante e se simpatiza com o público, arrancando risadas e fazendo todos torcerem por ele, nosso velho e querido Capitão Jack. Triste foi ver que agora, de tão desgastado que o personagem está, ele ficou apenas como um adorno, longe de ser o protagonista tão querido.
Triste também é ver como o filme se utiliza da mesma fórmula, a execução dos eventos são os mesmos de sempre. Na busca do artefato, o grupo acaba se encontrando em diversas situações inusitadas, com piratas se aliando e se traindo o tempo todo, soluções inesperadas e muitas piadas e trocadilhos, algumas que funcionam, mas a maioria não mais.
Um dos momentos mais engraçados acontece com a aparição de um pirata peculiar interpretado por Paul McCartney. A participação é curta e totalmente gratuita, mas bastante divertida, o que chega a contrastar um pouco com o resto do filme.
O que resumir do filme, é que claramente foi produzido com o mesmo motivo dos anteriores, para que o público se divirta e encha os bolsos dos produtores de dinheiro. Se vale a pena conferir nos cinemas, é pelos efeitos especiais e o incrível visual.
TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
Acesse e se inscreva no melhor e mais divertido canal de cinema do Brasil: FONTECINEMA