Elenco: Liam Hemsworth, Jeff Goldblum, Bill Pullman, Jessie Usher, Maika Monroe, Vivica A. Fox, Sela Ward, William Fichtner, Judd Hirsch. Diretor: Roland
Emmerich
Sinopse: Após o devastador ataque alienígena ocorrido em 1996,
todas as nações da Terra se uniram para combater os extra-terrestres, caso eles
retornassem. Para tanto são construídas bases na Lua e também em Saturno, que
servem como monitoramento. Vinte anos depois, o revide enfim acontece e uma
imensa nave, bem maior que as anteriores, chega à Terra. Para enfrentá-los, uma
nova geração de pilotos liderada por Jake Morrison (Liam Hemsworth) é convocada
pela presidente Landford (Sela Ward). Eles ainda recebem a ajuda de veteranos
da primeira batalha, como o ex-presidente Whitmore (Bill Pullman), o cientista
David Levinson (Jeff Goldblum) e seu pai Julius (Judd Hirsch).
Não posso mentir sobre o
fato que fui ao cinema em 1996 conferir o primeiro Independence Day, justamente
pelo fato do filme possuir cenas espetaculares dos ataques alienígenas em
"nossas" grandes cidades. O que assisti, realmente superou minhas
expectativas, o filme teve cenas impressionantes feitas com cidades em
miniatura, explosões usando fogo de verdade e cenas empolgantes de batalhas
aéreas. Mesmo que o filme terminou com um imenso "clichê" onde a
saída foi nos livrarmos de nossos adversários da mesma forma sempre utilizada
em outros filmes, a primeira parte de Independence Day pôde satisfazer seus
expectadores.
Exatos 20 anos depois,
surge Independence Day - O Ressurgimento, filme que Will Smith (um dos
heróis do primeiro filme) se recusou a fazer. A decisão de Will Smith foi
acertada?
Trazendo de volta
praticamente todo o elenco do primeiro filme e também praticamente a mesma
equipe de produção, o filme novamente utilizou o apelo de encher nossos olhos
com grandes explosões, batalhas aéreas e aquele humor bem ao estilo gringo,
tudo o que o primeiro filme trouxe em seu ano de lançamento. Acontece que hoje,
os concorrentes estão muito fortes no quesito de efeitos especiais e apelar
para imensas cenas de destruição e explosões talvez mais faça o público
criticar do que se encantar. O elenco, roteiro, a produção e outros quesitos
muito importantes para a qualidade de um filme acabam não pesando tanto em um
filme como esse, algo que funcionava a vinte, trinta ou mais décadas atrás, mas
hoje em dia a concorrência é forte e é preciso muito mais do que encantar pelo
visual.
Ao que
veio, Independence Day - O Ressurgimento funciona. Realmente a qualidade
dos efeitos especiais fazem a força da produção, talvez seja um dos filmes que
irão figurar na categoria destinada a efeitos na cerimônia do Oscar. Assim como
efeitos sonoros, edição de som ou mixagem de áudio, sim, o filme pode ser um
grande concorrente nos quesitos técnicos.
Fico as vezes um pouco
constrangido ao dizer que o filme apela para o patriotismo. Por mais que o
resto do mundo critique a bonita bandeira dos Estados Unidos sempre ao alto com
uma música emocionante e discursos de fazer americanos chorarem, em minha
opinião, acho que devemos nos calar e continuar assistindo, afinal o filme é
deles e é produzido com dinheiro deles.
Ao elenco, é até bacana e
nostálgico rever Jeff
Goldblum, Bill
Pullman e Vivica A. Fox. Mesmo que não seja o melhor filme da
carreira deles, revê-los foi muito gratificante. Falo de nostalgia sobre eles
porque estavam "sumidos" do cinema e fizeram filmes que sou muito fã
como Jurassic Park (Jeff Goldblum) S.O.S Tem
Um Louco Solto no Espaço (Bill
Pullman) ou Kill Bill (Vivica A. Fox).
O roteiro foi escrito por
cinco pessoas diferentes, que pelo talento demonstrado, parece que se juntar
todos em uma pessoa só daria um adolescente inexperiente. Totalmente cheio de
clichês, história fraca e mais do mesmo, o filme não encanta por sua história
fazendo o público torcer para que chegue a próxima explosão e o filme fique
empolgante de novo. Talvez o "interessante" é mostrar o que seria
hoje se realmente os acontecimentos do primeiro filme de 1996 fossem reais, a
humanidade se aproveitaria da tecnologia que aprendemos dos alienígenas e
faríamos defesas mais eficazes, isso eu acredito que o roteiro acertou.
Resumindo, sempre que
aparece um filme que se declara grande produção e é dirigido por Roland
Emmerich, podemos deduzir que vamos assistir o mundo quase acabando em
explosões sensacionais e história fraca. Independence Day - O
Ressurgimento é como outros filmes do diretor, uma imensa produção para nos
divertir e entreter, mas com uma história cheia de clichês e humor fora de
hora. Talvez seja até um mérito de Roland Emmerich, pois ele não tem medo de fazer o que quer.
Prefiro ainda o primeiro filme, pois por mais que ambos sejam iguais nos quesitos de exageros de efeitos especiais, som alto e ação, ao menos o primeiro Independence Day (1996) tinha o mérito de ser produzido de modo mais artesanal, ou como diríamos mais popularmente, "no braço".
Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)