Sinopse: A região de Azeroth sempre viveu em paz, até a chegada dos guerreiros
Orc. Com a abertura de um portal, eles puderam chegar à nova Terra com a
intenção de destruir o povo inimigo. Cada lado da batalha possui um grande
herói, e os dois travam uma disputa pessoal, colocando em risco seu povo, sua
família e todas as pessoas que amam.
Elenco: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster, Dominic Cooper, Toby Kebbell, Ben Schnetzer, Robert Kazinsky, Clancy Brown, Daniel Wu, Ruth Negga, Anna Galvin, Callum Keith Rennie, Burkely Duffield, Ryan Robbins, Dean Redman. Diretor: Duncan Jones.
Assim
que anunciaram a adaptação do game Warcraft para o cinema, eu já estava com a
minha opinião formada, mesmo antes de lançarem o primeiro trailer. Meu
pensamento era o medo de mais uma tentativa dos estúdios se aproveitarem de
grandes sucessos de jogos eletrônicos consagrados para tentarem faturar alto em
filmes, afinal os títulos já possuem um número considerável de fãs e a chance
de, ao menos, o filme não dar prejuízo é boa.
Meus
medos se tornaram realidade. Joguei Warcraft a muito tempo atrás, em épocas que
o game era de gráficos simples em 2D. Confesso que não era um jogador fanático,
mas eu imaginava que daria uma boa história de filme. Anos se passaram e as
adaptações de games para o cinema vieram, alguns razoáveis e outros
potencialmente ruins. Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos, entra em
um status de filme razoável, mas por causa do "papo" do diretor Duncan
Jones antes do lançamento do filme, dizendo: "A era das boas adaptações de
games finalmente chegou”. Fãs do mundo todo já se preparavam para um filme
arrebatador, cheio de elementos do game. Infelizmente o que conferimos foi um
filme excelente em computação gráfica e ruim no roteiro, geralmente o que
ocorre em adaptações de games.
Do lado orc temos Durotan (Toby
Kebbell), um chefe de clã constituindo família contra a
opressão de um mago opressor. Do lado humano, o general Lothar (Travis
Fimmel) enfrentando uma invasão. Ambos defendem seu povo - e o
filme tenta equilibrar razões, para manter jogadores satisfeitos. A trama
acompanha eventos do primeiro jogo, de 1994, mostrando como começou a
animosidade entre as duas raças e a Primeira Guerra que travaram. Visualmente,
o filme é um espetáculo que homenageia diversas CGs dos jogos e traz pequenos
easter eggs que aquecem os corações dos fãs.
Sou
muito mais a favor de um filme bem desenvolvido, com um roteiro bem amarrado e
com a edição coerente, do que simplesmente me apegar a efeitos especiais e
soberba de grandeza. Se Warcraft aposta suas fichas em um filme épico, grandioso
e cheio de ação, o seu roteiro foge totalmente disso apresentando uma
história mal escrita e totalmente confusa, insistindo em apresentar diversos
personagens, sem nunca escolher seu protagonista. Quase todos os heróis e vilões não possuem grande
interferencia e não crescem na narrativa, confiam uns nos outros sem razão
aparente.
O
resultado é uma história difícil de entender a passagem de tempo e na qual
eventos terríveis, não parecem tão ameaçadores, pois se tornam um detalhe
citado e rapidamente esquecido.
Daria para dizer que é
um filme razoável, se não fosse tamanha soberba antes do lançamento.
Trailer do site:
Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos
Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos Trailer Legendado
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)
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