Montagem de Site

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Vida - crítica


Sinopse: Seis astronautas de diferentes nacionalidades estão em uma estação espacial, cujo objetivo maior é estudar amostras coletadas no solo de Marte por um satélite. Dentre elas está um ser unicelular, despertado por Hugh Derry (Ariyon Bakare) através dos equipamentos da própria estação espacial. Tal descoberta é intensamente celebrada por ser a primeira forma de vida encontrada fora da Terra, sendo que um concurso mundial elege seu nome: Calvin. Só que, surpreendentemente, este ser se desenvolve de forma bastante rápida, ganhando novas células e uma capacidade inimaginável.



Nessa imensidão do espaço, onde somos apenas um grão de areia em meio a uma praia gigantesca, Hollywood é o que mais faz a pergunta "estamos mesmo sozinhos no universo"?

Entre teorias sobre extraterrestres um pouco malucas, entre o que é real como a possibilidade de ter existido água em Marte, e principalmente no cinema, entre filmes excelentes e outros assustadoramente péssimos, encontramos este novo lançamento nos cinemas, Vida.

É necessário imaginação na compreensão do gênero que se realiza, o "sci-fi" sempre depende mais da imaginação do que da razão. O diretor Daniel Espinosa saiu de seu gênero favorito, policial, para embarcar nessa nova empreitada. Vida, um filme que mais parece uma junção de recortes de outros filmes do que algo que apresenta uma identidade própria. Este narra a descoberta de vida em Marte, mostrando desde a euforia inicial de ver um novo capítulo da história da humanidade sendo escrita até o desespero por conta das coisas não acontecerem como esperado (assim como dezenas de outros filmes).

O bom elenco é que nos trás algo que vale a pena, apesar de alguns não serem tão conhecidos e outros em alta, todos cumpriram sua missão e o filme dá a tensão necessária, grande parte por responsabilidade de quem está na telona, apesar que todos demonstram estar lá para atuar e deixar o filme rolar, não para que a gente se apegue e chore com a desgraça deles.

Para quem nunca conferiu clássicos do gênero, Vida pode ser bom e ter sua trajetória elogiada, mas no contexto geral, para quem gosta de cinema e já conferiu outras obras, sabe que existem outros bem melhores para ocupar o tempo, fazendo com que este seja apenas mais uma figura em um vasto mural de coisas parecidas.

Sem ter qualquer pretensão de figurar entre grandes filmes do gênero, Vida cumpre seu papel de divertir com seus bons efeitos especiais e com seu roteiro claramente feito debaixo de uma fórmula, mas será facilmente esquecido.

Quer uma experiencia bem melhor com a mesma proposta? Jogue Dead Space.

TRAILER DO SITE:

Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

Acesse e se inscreva no melhor e mais divertido canal de cinema do Brasil: FONTECINEMA 







segunda-feira, 17 de abril de 2017

O Vingador do Futuro - crítica, análise e curiosidades



Gostou do vídeo? Comente:



Velozes e Furiosos 8 - crítica

Sinopse: Dom (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) estão curtindo a lua de mel em Havana, mas a súbita aparição de Cipher (Charlize Theron) atrapalha os planos do casal. Ela logo arma um plano para chantagear Dom, de forma que ele traia seus amigos e passe a ajudá-la a obter ogivas nucleares. Tal situação faz com Letty reúna os velhos amigos, que agora precisam enfrentar Cipher e, consequentemente, Dom.

Elenco: 

Vin Diesel
Personagem : Dominic Toretto
Dwayne Johnson
Personagem : Hobbs
Jason Statham
Personagem : Deckard Shaw
Michelle Rodriguez
Personagem : Letty "Ortiz" Toretto
Tyrese Gibson
Personagem : Roman Pearce
Charlize Theron
Personagem : Cipher
Personagem : Tej Parker
Nathalie Emmanuel
Personagem : Ramsey








Diretor: F. Gary Gray


De tudo o que pensamos sobre a franquia Velozes e Furiosos, o que nos vem na memória é o imenso exagero nas cenas de ação. São tão absurdas que ao invés de julgarmos como algo que atrapalha, elas nos fazem amar tudo e com certeza nos perguntarmos "o que mais falta eles fazerem"?

Todos os filmes de Velozes Furiosos tem cenas extremamente exageradas, talvez os filmes da franquia que pegam mais leve são o primeiro e o terceiro. Nessa oitava empreitada de Dom e sua "família", temos até a absurda cena que inclui um submarino, sim, pasmem, e isso é extremamente divertido e um exagero tão grande que só nos falta acreditar que um nono filme se passará no espaço.

Também não podemos negar que é triste demais a ausência de Paul Walker, mesmo não sendo assim um ator digno a vencer grandes premiações, Paul Walker era quem dividia todo o símbolo de Velozes e Furiosos com Vin Diesel. Em determinados momentos desse oitavo filme, nos flagramos tentando imaginar como seria o ex-policial Brian O'Conner surgir nos momentos de perigo com seu Toyota Supra 1995.


Pessoalmente, para mim, e claro que isso é uma opinião 100% pessoal, Velozes e Furiosos não é uma franquia que brilha. Apesar de bons efeitos especiais, todo o compromisso de valores familiares em primeiro lugar e tudo mais, para mim a franquia perde muito no quesito roteiro, nunca nenhum dos filmes teve uma história brilhante. Justamente para mim o melhor de todos é o terceiro filme, Desafio em Tóquio, e o pior foi o segundo + Velozes + Furiosos. Esse oitavo filme caiu novamente na armadilha de um enredo jogado para explicar explosões e carros em alta velocidade e vilões que não explicam suas motivações ou personalidades, apesar que agora a vilã da vez, Cipher, consegue ser mais interessante, também graças a incrível atriz que a interpreta.

Ainda mais, um filme sem Paul Walker fica triste, sem alma, e com a ausência de Justin Lin na direção, este oitavo filme fica diferente, não ruim, mas diferente. Porém, é uma oportunidade para mostrar o quanto Vin Diesel tem o domínio sobre a franquia, mesmo sem Paul Walker, mesmo sem Justin Lin, o astro ainda consegue levar o filme nas costas.

Se certas presenças fazem falta, outras brilham, como o eterno conflito de Vin Diesel e Dwayne Johnson (no filme e na vida real), a entrada definitiva de Jason Statham na franquia, as presenças sempre marcantes de Michelle Rodriguez e Tyrese Gibson, e claro, agora, a aparição da vencedora do oscar Charlize Theron, com uma personagem que veio mesmo para bagunçar tudo, finalmente uma vilã um pouco mais motivada.

Apesar de tudo, Velozes e Furiosos 8 consegue mostrar que a franquia consegue ter fôlego, apesar de exagerada, com explosões e super carros a toda velocidade, mas o que criticar tanto em um filme feito mesmo para divertir? Para sairmos do cinema falando "uau, você viu aquilo"? Então vão para o cinema, apertem os cintos e divirtam-se, porque afinal, mesmo sendo o oitavo filme, este mesmo já é sucesso em sua estreia e deixou os Jedis comendo poeira.

TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

Acesse e se inscreva no melhor e mais divertido canal de cinema do Brasil: FONTECINEMA 




sexta-feira, 7 de abril de 2017

A Cabana


Sinopse: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.



Sim, eu li o livro. Fui influenciado pelo que as pessoas tanto falavam da obra de William P. Young, lançado em 2007, que figura com o carimbo de Best Seller e certamente justifica seu assunto principal, que é uma metáfora para enfrentar o problema da dor.


Durante a leitura, percebi que o livro realmente mexe com a questão de que quando enfrentamos uma dor terrível, vindo de uma tragédia, passamos a ignorar praticamente tudo o que está a nossa volta e quando damos atenção, é com muita falta de disposição. Viramos as costas para família, amigos e até mesmo para Deus. O livro leva sua justificativa de que nos mostra que é possível sair do fundo do poço, uma ficção maravilhosa, bonita e tocante onde o personagem principal é levado a um encontro pessoal com Deus, Jesus e o Espírito Santo.

Mas será que o filme tem o mesmo brilho do livro?

Primeiramente é impressionante notar outras críticas do filme, onde o chamam de "doutrinador", "gospel", "forçar religião goela abaixo". Ora, o livro, um Best Seller, é assumidamente voltado ao homem deprimido e já entregue pela morte da filha, que precisa ser quebrado e reconstruído. Nesse caso, o autor nos mostra que realmente utiliza Deus, Jesus e Espírito Santo como o oleiro que precisa reconstruir seu vaso de barro. É a proposta da experiencia espiritual que uma pessoa que já está entregue ao desespero e depressão pode buscar.

Imbecilidade dos críticos ou pela falta de informação que se recusaram a procurar, o filme é uma adaptação do livro, então se vão criticar o filme por ser "doutrinador", recomendo que batam na porta do Sr. William P. Young e discutam isso com ele. Só um aviso, antes de apontar o dedo na cara dele, leve a informação de que foram 10 milhões de cópias vendidas até o momento, onde uma gigante parte de leitores simplesmente adoram e recomendam a obra.

Outro fator incrível é que os tais críticos aceitam numa boa obras como Cinquenta Tons de Cinza ou Crepúsculo, onde os autores escrevem, desculpem a palavra, a merda que querem, está tudo bem, mas quando se trata de Deus, a obra já é julgada de doutrinadora.

O filme, infelizmente, é como toda adaptação de livros. Sempre o livro é melhor, claro. Mas elementos essenciais estão presentes, assim como no livro, como a dor, desespero, entrega, paz existencial e principalmente a fé estão lá. Outro elemento que o autor decidiu fazer em seu livro, foi fundamental para abraçarmos a obra, que é a aceitação de etnias, como o personagem principal sendo um branco, Deus sendo uma negra, Jesus sendo uma pessoa que lembra alguém do oriente médio, o Espírito Santo sendo uma asiática e outra personagem que é a Justiça, sendo interpretada por Alice Braga, nossa conterrânea, ou seja, uma latina.

O filme, é uma produção segura e politicamente correta. O diretor Stuart Hazeldine decidiu não arriscar, passando para a telona o que o livro é. Alguns pontos negativos ocorrem, não é um filme perfeito, mas o ponto alto realmente é a presença da vencedora do Oscar, Octavia Spencer, no papel de Deus. Incrível ver uma pessoa vinda dos filmes de comédia, dar tanta emoção e força para o personagem.

Devo admitir que certos momentos, tanto o livro quanto o filme, se utilizam de chantagem emocional, praticamente nos falando "chorem, vamos, chorem", mas que obra dramática não faz isso? Sempre ao Seu Lado, Marley e Eu ou até mesmo Titanic, você verá o mesmo artifício.

Seja você cristão, de qualquer outra religião ou incrédulo, não pode negar que o filme é bonito e tocante, apesar de ter vários defeitos, no fim das contas existe a satisfação quando saímos da sala de cinema.

Para você que não pode ver o nome de Deus ligado a nenhuma obra que o ajuda de alguma forma, peço que pense novamente no conteúdo de A Cabana.

Trailer do Site:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-220986/trailer-19553556/
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

Acesse e se inscreva no melhor e mais divertido canal de cinema do Brasil: FONTECINEMA 





segunda-feira, 3 de abril de 2017

A Vigilante do Amanhã - Ghost in the Shell


Sinopse: Em um mundo pós-2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana.

Elenco:

Scarlett Johansson
Personagem : Major Mira Killian
Pilou Asbæk
Personagem : Batou
Takeshi Kitano
Personagem : Daisuke Aramaki
Juliette Binoche
Personagem : Dr. Ouelet
Michael Pitt
Personagem : Kuze
Chin Han
Personagem : Togusa
Peter Ferdinando
Personagem : Cutter
Rila Fukushima
Personagem : Red Robed Geisha








Diretor: Rupert Sanders


Em 1989, foi lançado no Japão o mangá Ghost in the Shell, pela Editora Kodansha. Uma HQ muito cultuada até os dias de hoje, o que rendeu Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface, que é a continuação oficial do primeiro mangá. Ghost in the Shell 1.5: Human Error Processor inclui uma série de histórias que seriam originalmente publicadas em Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface.

Quando se trata de algo tão cultuado assim, torna-se "perigoso" adaptar para animações ou cinema, onde os fãs mais fervorosos vão criticar antes mesmo do primeiro esboço. O mesmo vale para fãs de video-games que se ofendem de uma maneira até pessoal quando uma adaptação cinematográfica ocorre.

Não é a primeira adaptação de Ghost in the Shell, já ocorreu em diversos animes produzidos pela Production I.G. e finalmente ocorreu a primeira adaptação para o cinema em 1996 dirigido por Mamoru OshiiO filme teve uma continuação intitulada Ghost in the Shell 2: Innocence lançado em 2004. Também dirigida por Oshii, ela teve como protagonista o personagem Batou.

Mas o que esperar da adaptação estrelada por Scarlett Johansson?

O filme já começa com críticas pela mudança do nome da personagem principal, onde no original se chamava Motoko Kusanagi. Isso se deve ao fato dos produtores se justificarem por sempre que Hollywood adapta obras, principalmente asiáticas, coloca no papel principal atrizes ou atores caucasianos, o chamado "whitewashing". Isso não ocorre apenas com a personagem principal, vemos também o personagem Batou, que é muito importante para a trama e já teve até seus momentos de protagonista em outras obras, sendo interpretado por Pilou Asbæk, um ator dinamarquês.

O roteiro buscar tornar tudo mais simples e mastigado do que o material original, em diversos momentos chega até soar ridículo, como por exemplo quando a dra. Ouelet (Juliette Binoche), conta todo o sentido de "Ghost" para a protagonista, tudo muito fácil de entender para que nós, os que eles acham de "intelecto reduzido", possamos entender o filme.

Obvio que o filme entretêm, afinal é a especialidade dos americanos. o filme tem sequencias de ação excelentes e efeitos especiais muito bem trabalhados. Fora que Scarlett Johansson se firmou de vez como uma heroína de ação em filmes anteriores e também é uma excelente atriz que firma sua presença no Oscar, com isso se tornou mais do que apenas um rosto bonito nas telonas, Tentaram também preencher o elenco de grandes nomes, tudo para chamar atenção.

Esta versão americana, arriscou demais em adaptar uma obra tão cultuada mundialmente, tornou algo tão cheio novos conceitos, em mais uma maçante e esquecível versão de entretenimento hollywoodiana. É incrível como uma obra adaptada de um sucesso cult, pode ficar atrás na bilheteria de filmes como O Poderoso Chefinho (outro fracasso alias).

É uma pena ver como Hollywood consegue adaptar obras estrangeiras de uma forma tão sem compromisso, sem respeitar as raízes. Pior talvez seja a dublagem brasileira para o título: A Vigilante do Amanhã, piada.

TRAILER DO SITE:


Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

Acesse e se inscreva no melhor e mais divertido canal de cinema do Brasil: FONTECINEMA