Sinopse: Em um mundo pós-2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana.
Elenco:
Diretor: Rupert Sanders
Em 1989, foi lançado no Japão o mangá Ghost in the Shell, pela Editora Kodansha. Uma HQ muito cultuada até os dias de hoje, o que rendeu Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface, que é a continuação oficial do primeiro mangá. Ghost in the Shell 1.5: Human Error Processor inclui uma série de histórias que seriam originalmente publicadas em Ghost in the Shell 2: Man/Machine Interface.
Quando se trata de algo tão cultuado assim, torna-se "perigoso" adaptar para animações ou cinema, onde os fãs mais fervorosos vão criticar antes mesmo do primeiro esboço. O mesmo vale para fãs de video-games que se ofendem de uma maneira até pessoal quando uma adaptação cinematográfica ocorre.
Não é a primeira adaptação de Ghost in the Shell, já ocorreu em diversos animes produzidos pela Production I.G. e finalmente ocorreu a primeira adaptação para o cinema em 1996 dirigido por Mamoru Oshii. O filme teve uma continuação intitulada Ghost in the Shell 2: Innocence lançado em 2004. Também dirigida por Oshii, ela teve como protagonista o personagem Batou.
Mas o que esperar da adaptação estrelada por Scarlett Johansson?
O filme já começa com críticas pela mudança do nome da personagem principal, onde no original se chamava Motoko Kusanagi. Isso se deve ao fato dos produtores se justificarem por sempre que Hollywood adapta obras, principalmente asiáticas, coloca no papel principal atrizes ou atores caucasianos, o chamado "whitewashing". Isso não ocorre apenas com a personagem principal, vemos também o personagem Batou, que é muito importante para a trama e já teve até seus momentos de protagonista em outras obras, sendo interpretado por Pilou Asbæk, um ator dinamarquês.
O roteiro buscar tornar tudo mais simples e mastigado do que o material original, em diversos momentos chega até soar ridículo, como por exemplo quando a dra. Ouelet (Juliette Binoche), conta todo o sentido de "Ghost" para a protagonista, tudo muito fácil de entender para que nós, os que eles acham de "intelecto reduzido", possamos entender o filme.
Obvio que o filme entretêm, afinal é a especialidade dos americanos. o filme tem sequencias de ação excelentes e efeitos especiais muito bem trabalhados. Fora que Scarlett Johansson se firmou de vez como uma heroína de ação em filmes anteriores e também é uma excelente atriz que firma sua presença no Oscar, com isso se tornou mais do que apenas um rosto bonito nas telonas, Tentaram também preencher o elenco de grandes nomes, tudo para chamar atenção.
Esta versão americana, arriscou demais em adaptar uma obra tão cultuada mundialmente, tornou algo tão cheio novos conceitos, em mais uma maçante e esquecível versão de entretenimento hollywoodiana. É incrível como uma obra adaptada de um sucesso cult, pode ficar atrás na bilheteria de filmes como O Poderoso Chefinho (outro fracasso alias).
É uma pena ver como Hollywood consegue adaptar obras estrangeiras de uma forma tão sem compromisso, sem respeitar as raízes. Pior talvez seja a dublagem brasileira para o título: A Vigilante do Amanhã, piada.
TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
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