Elenco:
Diretor: F. Gary Gray
De tudo o que pensamos sobre a franquia Velozes e Furiosos, o que nos vem na memória é o imenso exagero nas cenas de ação. São tão absurdas que ao invés de julgarmos como algo que atrapalha, elas nos fazem amar tudo e com certeza nos perguntarmos "o que mais falta eles fazerem"?
Todos os filmes de Velozes Furiosos tem cenas extremamente exageradas, talvez os filmes da franquia que pegam mais leve são o primeiro e o terceiro. Nessa oitava empreitada de Dom e sua "família", temos até a absurda cena que inclui um submarino, sim, pasmem, e isso é extremamente divertido e um exagero tão grande que só nos falta acreditar que um nono filme se passará no espaço.
Também não podemos negar que é triste demais a ausência de Paul Walker, mesmo não sendo assim um ator digno a vencer grandes premiações, Paul Walker era quem dividia todo o símbolo de Velozes e Furiosos com Vin Diesel. Em determinados momentos desse oitavo filme, nos flagramos tentando imaginar como seria o ex-policial Brian O'Conner surgir nos momentos de perigo com seu Toyota Supra 1995.
Pessoalmente, para mim, e claro que isso é uma opinião 100% pessoal, Velozes e Furiosos não é uma franquia que brilha. Apesar de bons efeitos especiais, todo o compromisso de valores familiares em primeiro lugar e tudo mais, para mim a franquia perde muito no quesito roteiro, nunca nenhum dos filmes teve uma história brilhante. Justamente para mim o melhor de todos é o terceiro filme, Desafio em Tóquio, e o pior foi o segundo + Velozes + Furiosos. Esse oitavo filme caiu novamente na armadilha de um enredo jogado para explicar explosões e carros em alta velocidade e vilões que não explicam suas motivações ou personalidades, apesar que agora a vilã da vez, Cipher, consegue ser mais interessante, também graças a incrível atriz que a interpreta.
Ainda mais, um filme sem Paul Walker fica triste, sem alma, e com a ausência de Justin Lin na direção, este oitavo filme fica diferente, não ruim, mas diferente. Porém, é uma oportunidade para mostrar o quanto Vin Diesel tem o domínio sobre a franquia, mesmo sem Paul Walker, mesmo sem Justin Lin, o astro ainda consegue levar o filme nas costas.
Se certas presenças fazem falta, outras brilham, como o eterno conflito de Vin Diesel e Dwayne Johnson (no filme e na vida real), a entrada definitiva de Jason Statham na franquia, as presenças sempre marcantes de Michelle Rodriguez e Tyrese Gibson, e claro, agora, a aparição da vencedora do oscar Charlize Theron, com uma personagem que veio mesmo para bagunçar tudo, finalmente uma vilã um pouco mais motivada.
Apesar de tudo, Velozes e Furiosos 8 consegue mostrar que a franquia consegue ter fôlego, apesar de exagerada, com explosões e super carros a toda velocidade, mas o que criticar tanto em um filme feito mesmo para divertir? Para sairmos do cinema falando "uau, você viu aquilo"? Então vão para o cinema, apertem os cintos e divirtam-se, porque afinal, mesmo sendo o oitavo filme, este mesmo já é sucesso em sua estreia e deixou os Jedis comendo poeira.
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Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
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