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domingo, 3 de dezembro de 2017

Crítica de Assassinato no Expresso do Oriente


Sinopse: O detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh) embarca de última hora no trem Expresso do Oriente, graças à amizade que possui com Bouc (Tom Bateman), que coordena a viagem. Já a bordo, ele conhece os demais passageiros e resiste à insistente aproximação de Edward Ratchett (Johnny Depp), que deseja contratá-lo para ser seu segurança particular. Na noite seguinte, Ratchett é morto em seu vagão. Com a viagem momentaneamente interrompida devido a uma nevasca que fez com que o trem descarrilhasse, Bouc convence Poirot para que use suas habilidades dedutivas de forma a desvendar o crime cometido. 



Para quem não sabe, publicado no Reino Unido em 1º de janeiro de 1934, Assassinato no Expresso do Oriente foi o 19º livro escrito por Agatha Christie e um dos que marcariam para sempre a sua carreira, sendo lembrando, adaptado para diversas mídias e republicado centenas de vezes ao longo dos anos.
Tenho minha própria mãe como uma fanática pelos livros da escritora, leu simplesmente TODOS, sendo ela uma conhecedora de carteirinha de detalhes impressionantes. Assassinato no Expresso do Oriente é um dos seus favoritos e qualquer adaptação para o cinema passaria por sua atenção detalhada.
Infelizmente, minha mãe não assistiu ainda esse novo filme dirigido por Kenneth Branagh, mas provavelmente a presença de Johnny Depp vai fazer com que ela já dê pontos positivos antes mesmo de assistir, afinal, ela é uma fã do ator.
Como o próprio título revela (dublado para o português com exatidão, algo raro) a história é sobre uma viagem que é interrompida por um assassinato e todos no trem se transformam em suspeitos. Essa base de história é muito comum de Agatha Christie.
Com o desenrolar da investigação, novos detalhes aparecem e revelam, é claro, que há uma história maior por trás do que ocorreu naquele trem. O roteiro muito bem feito e a direção de Kenneth Branagh que também atua como protagonista, nos revela um filme montado com excelência, passando informações para o público sem estragar a história e, claro, revelando um final surpreendente.
A atuação de todos é ótima, desde o diretor/ator Kenneth Branagh, também Johnny DeppMichelle PfeifferPenélope Cruz e Willem Dafoe são sempre competentes, ainda mais quando um diretor sabe o que faz.
No fim das contas, desde o mais fanático fã de Agatha Christie até a pessoa mais leiga, Assassinato no Expresso do Oriente é uma ótima escolha para quem quer um filme inteligente, cheio de suspense e reviravoltas. Fica a dica.
TRAILER DO SITE ADORO CINEMA
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

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domingo, 26 de novembro de 2017

Crítica de Pai em Dose Dupla 2


Sinopse: Após resolverem suas diferenças, Brad (Will Ferrell) e Dusty (Mark Wahlberg) precisam agora lidar com uma nova situação complicada: a súbita aparição de seus pais (John Lithgow e Mel Gibson), que possuem comportamentos bem diferentes.



A parceria entre Will Ferrell e Mark Wahlberg funcionou muito bem no filme Os Outros Caras (2010), um filme pastelão e cheio de absurdos que conseguiu arrancar algumas risadas. No filme Pai em Dose Dupla (2015) houve uma nova tentativa que não foi assim tão divertida. Mas e esse Pai em Dose Dupla 2 (2017)?

O ano de 2017 não foi bom para comédias, com isso, Pai em Dose Dupla 2 acaba sendo o lançamento mais divertido do gênero. Bem mais divertido que o primeiro filme, essa sequencia possui piadas que funcionam em quase todos os momentos. Will Ferrell é novamente mais do mesmo, ou você ama sua atuação ou odeia, pois seu jeito infantilizado e atrapalhado é uma marca que ele sabe usar. Mark Wahlberg está como no primeiro filme, é a "opção descolada, independente e de boa aparência de um pai". As gratas aparições do filme são os "vovôs" Mel Gibson, que aqui surge atuando no que parece ser ele mesmo com um jeito canastrão e John Lithgow que é a participação mais agradável e divertida do filme, como um pai dócil e que mima seu filho.

Pai em Dose Dupla 2 possui a temática natalina, foi um risco para o estúdio, pois filmes natalinos perderam sua força com o passar dos anos, o apelo comercial não funciona mais como antigamente. Foi uma grata surpresa no cinema, ver novamente um lançamento que traz novamente a importância da reunião familiar, que apesar dos atritos que ocorrem entre os personagens, mostra como é bom reunir todos que amamos.

Apesar de ser um bom lançamento de comédia, o filme não pode ser considerado brilhante, mas dentro do gênero, até que consegue valer a pena. É um filme leve e familiar com uma boa mensagem, são colocadas em xeque questões de relações familiares, como o amor entre pai e filho, intimidade das relações, inserção de novas figuras, como o caso do padrasto. E isso é feito com cuidado, impondo um equilíbrio e apreciação de todos os lados.

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Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Crítica de Blade Runner 2049


Sinopse: California, 2049. Após os problemas enfrentados com os Nexus 8, uma nova espécie de replicantes é desenvolvida, de forma que seja mais obediente aos humanos. Um deles é K (Ryan Gosling), um blade runner que caça replicantes foragidos para a polícia de Los Angeles. Após encontrar Sapper Morton (Dave Bautista), K descobre um fascinante segredo: a replicante Rachel (Sean Young) teve um filho, mantido em sigilo até então. A possibilidade de que replicantes se reproduzam pode desencadear uma guerra deles com os humanos, o que faz com que a tenente Joshi (Robin Wright), chefe de K, o envie para encontrar e eliminar a criança.




Lembrar de Blade Runner, um verdadeiro ícone da década de 1980, traz muita nostalgia e certamente é um dos filmes que colocaram Harrison Ford como um dos, senão o maior, astro de ação da história. Tendo em seu currículo Indiana Jones, Han Solo, John Book (personagem de A Testemunha, de 1985, no qual foi indicado ao Oscar) e tantos outros personagens em filmes "menores", o ator traz à vida novamente seu Dick Deckard com muita entrega e que o tempo não estraga.

Ainda sobre elenco, grandes nomes com atuações excelente também aparecem no filme, como Ryan GoslingJared LetoAna de Armas e Dave Bautista, este último se transformando em um querido do público, que não é apenas um fortão para cenas de luta.

Nada do projeto seria tão possível se não fosse o talento imenso de Denis Villeneuve, esse diretor está impressionando em todos os sentidos. Afinal, quem seria capaz de transformar uma sequência de um filme tão importante de 1982, com visual inigualável e uma história revolucionária, em uma obra tão interessante que não apenas é uma continuação a altura, mas também evolui e traz a tona tudo o que Ridley Scott iniciou no filme original.

Blade Runner 2049 continua trazendo um futuro extremamente pessimista, no filme original essa discussão foi iniciada e com certeza a sequencia mostra ainda mais esse universo. No mundo em que vivemos atualmente, não seria diferente o que esperamos. Como poderia melhorar o mundo desde que foi mostrado Dick Deckard caçando androides quando ainda era jovem? O mundo do personagem K (Ryan Gosling) seria diferente? Claro que não, como esperado, é pior. Tanto que ele precisa recorrer ao experiente, e sumido a mais de 3 décadas, Deckard.

Impressionante em como conseguiram nos oferecer novamente uma fotografia deslumbrante, algo que pensávamos ser impossível, ainda mais porque os verdadeiros conhecedores de cinema lembram do Blade Runner original com muita nostalgia e todos assumem que aquele filme foi uma imensa revolução visual. Sem mencionar, claro, o excelente roteiro e o uso da violência sem censura que chocou demais o público na época, mas que sem ela, o filme não seria o mesmo.

Aos críticos de hoje, aos mais jovens, que possam criticar Blade Runner por serem "viciados" em filmes de heróis ou de ação desenfreada, que se lembrem que ninguém pode se julgar um profundo conhecedor de cinema sem ao menos conferir o filme de 1982 e assim juntar as peças para saber que Blade Runner 2049 fez jus ao original, não são apenas efeitos especiais que fazem um filme e sim um grande roteiro, uma excelente equipe, um diretor que aguenta o "tranco" e um elenco de primeira. Blade Runner 2049 merece ser visto no cinema e se caso o original volte para uma "sessão especial", assista também.

Isso sim é uma sequência, trazendo a tona tudo o que o original inicia e aprofundando. Não apenas uma mera obra comercial.

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Daniel Fontebasso
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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Crítica de Mãe!


Sinopse: Um casal vive em um imenso casarão no campo. Enquanto a jovem esposa (Jennifer Lawrence) passa os dias restaurando o lugar, afetado por um incêndio no passado, o marido mais velho (Javier Bardem) tenta desesperadamente recuperar a inspiração para voltar a escrever os poemas que o tornaram famoso. Os dias pacíficos se transformam com a chegada de uma série de visitantes que se impõem à rotina do casal e escondem suas verdadeiras intenções.



Não é a toa que Darren Aronofsky já tem sua legião de fãs e ao mesmo tempo pessoas que o odeiam. Tornou-se um diretor que trabalha com excelência os pontos de vista subjetivos e consegue trazer o público para mergulhar de cabeça. Muitos não compreendem esse trabalho ou simplesmente não gostam, mas é fato que ele conseguiu sua marca. Filmes como Réquiem para um Sonho e Cisne Negro são dois exemplos de grandes sucessos, adorados por seus fãs e que levam de sobra seu estilo, outros de seus filmes também arriscaram, mas nem sempre dá certo, como o filme Noé.

Mãe! é um filme que mostra o casal principal como duas visões distintas, possui uma base bíblica para gerar diálogo no público e é de uma temática difícil, por muitas vezes dá pra saber que é o típico filme que temos obrigação assistir novamente.

A câmera praticamente fechada o tempo todo no rosto de Jennifer Lawrence, mostrando sua angustia com uma atuação sempre elogiada, nos faz sentir incômodo e claustrofobia, quem trabalha com arte ou filmagem, sabe que as escolhas de enquadramento pode nos fazer ganhar informações demais que são descartáveis ou nos fazer perder algo importante, Darren Aronofsky é um diretor que consegue trabalhar com maestria os enquadramentos dentro de seu estilo único, seja quem elogie ou critique seu trabalho, deve reconhecer essa questão.

Quando ao elenco, dispensa comentários, mesmo os personagens secundários são feitos por atrizes e atores muito talentosos, mas nosso maior reconhecimento é com o quarteto de extremo talento: Jennifer LawrenceJavier BardemEd Harris e Michelle Pfeiffer. Esses quatro "gigantes" do cinema sempre rendem grandes atuações, e juntando eles dá para saber que a intenção dos produtores era realmente fazer um filme grandioso.

Com algumas críticas a parte, Mãe! pode ser considerado um filme muito bom e cumpre sua proposta com o estilo único de Darren Aronofsky. Vale assistir no cinema!

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Daniel Fontebasso
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domingo, 10 de setembro de 2017

Crítica de It - A Coisa


Sinopse: Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o auto-intitulado "Losers Club" - o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do "Losers Club" acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise.



Apesar de críticas negativas, 'It: a Coisa' arrecadou impressionantes US$ 51 milhões só nos Estados Unidos na estreia, nessa sexta. O longa já ocupa o primeiro lugar em arrecadações no gênero de terror.

O filme é baseado no livro de mesmo nome do grande Stephen King e acaba sendo refilmagem de um longa lançado em 1990, com Tim Curry no papel de Pennywise (o temido palhaço assassino do filme que é agora interpretado por Bill Skarsgård).

Esse filme de 2017 foge bem do teor que foi em 1990. A 27 anos atrás, vimos um Penniwise extremamente assustador, devo até citar uma das cenas mais apavorantes da época que foi a do bueiro. A entrega no papel foi tanta, que podemos chegar a dizer que o personagem foi o mais marcante na longa carreira de Tim Curry. Essa versão de 2017, tem cenas também muito assustadoras, mas também cenas cômicas que em vários momentos aparecem "do nada", tornando o longa mais uma aventura do que um terror clássico. O filme acerta em cheio na questão do elenco infantil, que embora traga uma leveza, também não deixa de usar temas pesados como abusos, depressão, etc...

A clássica "cena do bueiro" do longa de 1990

O longa consegue, com a ajuda do ótimo elenco, criar empatia com o público, mesmo que seja clara a dificuldade da vida de cada personagem. Traz ainda um final satisfatório, mesmo depois do segundo ato que pode parecer, para alguns, um pouco maçante. A direção de Andy Muschietti foi acertada em cheio ao mostrar as monstruosidades de Pennywise, sem qualquer preocupação com censura e sem polpar em mostrar brutalidade, mesmo que o ataque seja contra crianças. Talvez houve um exagero em mostrar demais cenas geradas por computador, mas com o recurso disponível e hoje em dia mais barato, é claro que alguns diretores não vão polpar usar tecnologia.

Em resumo, It - A Coisa (2017) não irá emplacar como um grande clássico de terror, mas não é por culpa de roteiro ou má execução. É um bom filme que explora muito bem o fato de usar os personagens para carregar o andamento do longa, exemplo claro do que é o mais importante de tudo, antes dos efeitos especiais e explosões, vem um bom roteiro e personagens bem construídos.

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Daniel Fontebasso
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Sinopse: Século XXVIII. Valérian (Dane DeHaan) é um agente viajante do tempo e do espaço que luta ao lado da parceira Laureline (Cara Delevingne), por quem é apaixonado, em defesa da Terra e seus planetas aliados, continuamente atacados por bandidos intergaláticos. Quando chegam no planeta Alpha, eles precisarão acabar com uma operação comandada por grandes forças que deseja destruir os sonhos e as vidas dos dezessete milhões de habitantes do planeta.



Luc Besson é um cara sem medo de idealizar projetos arriscados, com filmes repleto de efeitos especiais e/ou personagens fortes. Um exemplo de que o diretor sabe trabalhar, foi quando fez O Quinto Elemento, que é um filme espetacular quando se trata de efeitos especiais, mas por conta da agenda lotada de Bruce Willis na época, precisou usar a equipe em um outro projeto "tapa buraco", senão jogaria dinheiro fora, fazendo vir a tona, nada mais e nada menos do que O Profissional, estrelado por Jean Reno, Natalie Portman e Gary Oldman (para mim, um filme bem melhor que O Quinto Elemento).

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Cada segundo de Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, mostram que Luc Besson adora o projeto. O filme é baseado em uma série em HQ que o diretor disse ser fã desde quando não tinha nada além de quadrinhos para se distrair uma vez por semana. Porém o filme vai decepcionar um pouco quem espera ver o filme sendo realmente uma adaptação da HQ, pois Luc Besson insere muitas de suas próprias referências, mais do que uma adaptação direta da fonte.

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas não está livre de críticas, o filme é bem longo e acaba se tornando maçante, com um romance bem padrão e piegas entre os protagonistas, piadas fora de hora sem nenhuma graça e principalmente a necessidade de explicar um pouco de tudo, cansando o público, como por exemplo usar um flashback bem longo para nos "ajudar" a desvendar quem é o vílão, sendo que sua cara já está estampada no cartaz.

O filme faz uma tentativa forte de se emplacar entre os gigantes do gênero, como Star Wars, porém seu ritmo e alguns outros quesitos nos fazem pensar na necessidade de sequencias. Perde feio em todos os quesitos. Pasme, Star Wars bebeu da fonte da HQ de Valerian para ser idealizado.

Nem tudo em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é motivo de críticas, como de praxe, o talento do diretor pode ser conferido já na cena de abertura, impecável, com uma maravilhosa viagem no tempo que nos mostra como a paz universal foi instaurada, utilizando a simplicidade de um gesto sendo repetido ao som do icônico David Bowie. Algumas cenas parecem ter saído de um sonho diretamente para a tela do cinema. A história trata de temas atuais, de decisões difíceis e corrupção. As cenas de ação existem e até divertem, mas não são o foco do longa

O elenco é bom, mas infelizmente a construção dos personagens ficou fraca, deixando o protagonista apagado.

Em resumo, o filme vale o ingresso, não deixa de ser uma bela experiência, principalmente porque sempre os filmes de Luc Besson vão belíssimos visualmente e possuem características únicas. Embora Valerian e a Cidade dos Mil Planetas não seja seu melhor trabalho, é outro que perdeu feio para O Profissional.

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Daniel Fontebasso
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