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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Jack Reacher: Sem Retorno

Sinopse: Jack Reacher (Tom Cruise) retorna à base militar onde serviu na Virgínia, onde pretende levar uma major local, Susan Turner (Cobie Smulders), para jantar. Só que, logo ao chegar, descobre que ela está presa, acusada de ter vazado informações confidenciais do exército. Estranhando a situação, Reacher resolve iniciar uma investigação por conta própria e logo descobre que o caso é bem mais pessoal do que imaginava.



Tom Cruise é um cara da ação, tiros, explosões e missões impossíveis. Claro que o ator é do mais alto escalão de Hollywood e fez muitos filmes dramáticos (um dos meus favoritos é Rain Man) ou românticos. Mas ele abraçou definitivamente a ação e mistério e se transformou em um dos símbolos desses gêneros. Mesmo chegando aos seus 54 anos de idade, o que impressiona por parecer bem mais jovem, suas capacidades físicas de realizar grandes cenas de ação continuam intactas. Mas quem abusou bem mesmo das cenas de ação, foi Cobie Smulders, que não usou dublês na maioria das cenas.

Jack Reacher: Sem Retorno é a continuação do filme de 2012, Jack Reacher: O Último Tiro. Quero fazer uma observação sobre o título do filme de 2012. O que me irrita tanto quando um filme americano chega ao Brasil, é na tradução do título, pois não sei o motivo, quem dubla o nome dos filmes sente uma necessidade imensa de colocar um subtítulo para nós. Veja bem, um filme cujo título americano é apenas Jack Reacher, aqui ganhou um anexo "O Último Tiro", então, como pode ser o "último tiro" se o filme ganhou uma sequencia? Claro que iremos justificar que nosso idioma não é inglês e por isso precisamos colocar um nome em anexo em português, mas o que podemos justificar, por exemplo, em nomes de filmes como Taxi Driver: Motorista de Taxi (esse forçou) ou então Hook: A Volta do Capitão Gancho? Ou o que eu acho a tradução mais ridícula já feita para um título de filme na história: Cidade dos Sonhos, dado como o maior spoiler da história. Além disso, Jack Reacher é o nome do personagem, então para que um subtitulo?

Ambos os filmes do Jack Reacher são declaradamente de ação, não exigindo nenhuma explicação sobre origens de personagens ou um roteiro muito elaborado, mas é uma proposta do gênero para Tom Cruise além do universo de Missão Impossível.

O filme foi rodado em Nova Orleans, e o orçamento 96 milhões de dólares. Podemos dizer que o dinheiro gasto foi dentro de uma média nos dias atuais, mas antigamente era um escândalo gastar tanto dinheiro assim em um filme como este. Não podemos reclamar, porque realmente vimos que foi um dinheiro bem investido com uma produção de dar inveja e se o filme arrecadar mais do que gastou, não tem problema.

 Jack Reacher: Sem Retorno, infelizmente caiu em uma fórmula que geralmente acontece com filmes de ação que são sequência. Existem muitos clichês e um grande esforço de nos fazer aceitar que Reacher precisa ser o novo grande ícone dos fãs. Muito arriscado aliás, porque Tom Cruise é a cara de Ethan Hunt, este sim um personagem que tem bagagem nas séries e cinema. Trabalhar com dois heróis ao mesmo tempo, não nos faz recepcionar muito bem um ou o outro e assim as comparações entre Reacher e Hunt são inevitáveis.

Ao menos a escolha do elenco é muito boa, além de Tom Cruise, que já comentei que faz parte do primeiro escalão do cinema, também contamos com a presença outros dois que conhecemos de séries muito queridas, Cobie Smulders de How I Met Your Mother e Robert Knepper que fez um dos personagens mais queridos de Prision Break, o T-Bag. O diretor é Edward Zwick, que trabalhou com Tom Cruise em outras oportunidades como O Último Samurai.

Criticas a parte, tanto o primeiro filme de Jack Reacher quanto sua sequência não apresentam nenhuma nova proposta dentro do universo da ação e explosões, assim sendo filmes comuns do gênero e que nos esqueceremos dentro de uma semana no máximo, mas mesmo assim proporcionam boa diversão e com certeza fazem jus ao currículo de Tom Cruise, melhores até do que alguns de seus vários outros filmes.

Trailer do site:

Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Sinopse: O excêntrico magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega à cidade de Nova York levando com muito zelo sua preciosa maleta, um objeto mágico onde ele carrega fantásticos animais do mundo da magia que coletou durante as suas viagens. Em meio a comunidade bruxa norte-america, que teme muito mais a exposição aos trouxas do que os ingleses, Newt precisará usar todas suas habilidades e conhecimentos para capturar uma variedade de criaturas que acabam fugindo.

Elenco: Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Dan Fogler, Alison Sudol, Colin Farrell, Ezra MillerSamantha Morton, Jon Voight. Diretor: David Yates



Aos eternos fãs de Harry Potter, vem este presente: Animais Fantásticos e Onde Habitam. Primeiro filme dentro do universo do personagem desde Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte II, em 2011. Não sou nenhum "fã obsessivo" do bruxinho como vemos por ai, mas confesso que Animais Fantásticos e Onde Habitam é um spin-off bem produzido com uma proposta diferenciada e acaba sendo mais interessante do que alguns filmes do Harry Potter (não sou o dono da razão, respeito quem ama os livros e os filmes).

Quando o colecionador de criaturas mágicas, Newt Scamander, chega à Nova York, ele acidentalmente deixa algumas delas escaparem de sua maleta encantada. Agora ele precisa recuperá-las enquanto descobre que algo muito mais sinistro está acontecendo com a comunidade bruxa americana.


Apesar de tantos filmes, esta é a primeira vez que J.K. Rowling (escritora de Harry Potter) também assina o roteiro. Curioso pensar que depois de tantos filmes de seu querido personagem, ela esperou um spin-off para cumprir a missão. Cumpriu, alias, muito bem. Não afirmo que é um roteiro perfeito, até porque nunca li nenhum livro dela para comparar, mas posso dizer que é muito bom, pois a história parecia que cairia em um nível "sem sal", mas na verdade é bem interessante e combinado a boa direção de David Yates tornou-se um filme completo, que prende a atenção e não exige que o público tenha assistido todos os filmes de Harry Potter.

O público pode também esperar por uma ótima escolha de elenco, sem citar nome a nome, o elenco varia entre vencedores de Oscar, rostinhos bonitos e heróis de ação, onde novamente devo citar a direção de David Yates, combinou em um resultado bem satisfatório. Apenas acho que Eddie Redwayne, o protagonista, ainda não mostrou ao que veio nos cinemas, pois penso ainda que ele deu sorte em pegar o papel de Stephen Hawking no filme A Teoria de Tudo (2014) e levar um Oscar que, para mim, soou no mínimo contestável, já que quem literalmente foi o grande ator daquele ano foi Michael Keaton por Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância).

Crítica de minha parte seria imaginar que o estúdio, novamente de forma gananciosa, planeja expandir para cinco filmes, isto, em minha opinião, estraga filmes que ocupam o meio da franquia. Aconteceu, por exemplo, com O Hobbit, obra de J. R. R. Tolkien que foi lançada em apenas um único livro e os estúdios de cinema decidiram adaptar para três filmes, obviamente visando apenas o lucro para se aproveitar do imenso sucesso que foi a adaptação de O Senhor dos Anéis, porém, nessa obra, cada livro foi transformado em filme e ficaram tão completos que o diretor Peter Jackson teve que literalmente cortar várias partes para caber no cinema. No caso de O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013), que é o "filme 2" da franquia, tornou-se o que podemos dizer de forma bem popular "a encheção de linguiça mais cara da história". Isso sem mencionar outros caça-níqueis totalmente dispensáveis em outras franquias como Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 ou A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1 (alias, obras adaptadas com essa "parte 1" no título, me assusta muito). Vamos torcer para os "dois filmes extras" de Animais Fantásticos e Onde Habitam se tornarem, ao menos, no mínimo, interessantes.
 
TRAILER DO SITE:
Daniel Fontebasso

(Crítico e diretor de curtas)


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Stallone Cobra


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Horizonte Profundo - Desastre no Golfo


Sinopse: Baseada em eventos reais, a história se passa no Golfo do México, na plataforma de perfuração marítima Deepwater Horizon. Diante de um dos piores vazamentos de petróleo na história dos EUA, Mike Williams (Mark Wahlberg) e os demais trabalhadores embarcados lutam para escapar com vida do terrível acidente.


Lembro quando fiz a crítica de Presságio (CLIQUE AQUI para assistir), onde o personagem de Nicolas Cage descobre grandes desastres através das previsões feitas por uma garotinha décadas atrás. Uma dessas previsões era um desastre com uma plataforma de petróleo no Golfo do México. Curioso pensar que Presságio é um filme feito em 2009, ou seja, um ano antes do desastre real que Horizonte Profundo se baseia. Estaria o filme Presságio prevendo de verdade a tragédia que Horizonte Profundo nos mostra?

Estrelado por Mark Wahlberg e acompanhado por um elenco sempre competente, Horizonte Profundo - Desastre no Golfo procura já construir seus momentos de tensão logo no inicio, avisando que o que virá a seguir será tenso. Não poderia ser diferente, pois a tragédia real deixou 11 mortos, 16 feridos e um imenso desastre ambiental, espalhando petróleo por 1,5 quilômetros da costa dos Estados Unidos.

O filme tenta, sem receios, apontar os culpados reais dos acontecimentos. Seja a empresa petrolífera, que posteriormente concordou em indenizar o governo, seja também os executivos capitalistas que pressionam os funcionários.

Muitos julgaram o filme por ter carência de explicações técnicas, mas pensando bem, explicar demais tecnicamente poderia tornar o filme um tédio. Está certo que precisamos fazer o público entender o tamanho do imenso desastre que este filme retrata, mas se prender demais ao quesito técnico, pode prejudicar o filme no que vem em seguida. Creio que vários filmes sobre desastres reais, podemos citar Titanic, Vivos, Tormenta, Enchente: Quem Salvará nossos filhos?, Mar em Fúria, entre outros, não ficaram se prendendo a nos explicar tudo tecnicamente. Penso que se você quer tudo explicado em todos os detalhes, então assista reportagens e documentários.

As maiores presenças do filme são de Kurt Russell e John Malkovich, ambos sempre competentes e já grandes conhecidos do público. A presença de Kate Hudson, que é filha na vida real de Goldie Hawn (sendo assim é afilhada de Kurt Russel, pois ele e Goldie Hawn são casados desde 1983), faz sua atuação assim como o protagonista Mark Wahlberg, ambos sempre fazem seus papéis em bom nível, mas não houve momentos surpreendentes. Na realidade quem mais surpreende é o diretor Peter Berg, pois suas contribuições cinematográficas anteriores não foram de grande expressão, como Bem-Vindo à Selva, Hancock, O Grande Herói e Battleship.

O filme fica bom mesmo, como é o esperado, nos momentos em que o desastre começa a acontecer, assim como é comum em outros filmes baseados em grandes desastres. Para mim, o filme tem seus méritos e algumas críticas, mas nada que atrapalhe o triste fato de retratar um acontecimento terrível e nos alertar.

Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Doutor Estranho


Sinopse: Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) leva uma vida bem sucedida como neurocirurgião. Sua vida muda completamente quando sofre um acidente de carro e fica com as mãos debilitadas. Devido a falhas da medicina tradicional, ele parte para um lugar inesperado em busca de cura e esperança, um misterioso enclave chamado Kamar-Taj, localizado em Katmandu. Lá descobre que o local não é apenas um centro medicinal, mas também a linha de frente contra forças malignas místicas que desejam destruir nossa realidade. Ele passa a treinar e adquire poderes mágicos, mas precisa decidir se vai voltar para sua vida comum ou defender o mundo. 


Doutor Estranho era um personagem "estranho" para mim, literalmente. Eu confesso que pouco sabia sobre o personagem e muito menos li alguma HQ. Por isso, talvez, poucas críticas negativas posso fazer em relação ao filme, afinal não tenho como comparar as obras da forma como fiz na crítica do filme Inferno (leia aqui).

Muito bem dirigido por Scott Derrickson, diretor mais acostumado ao universo dos filmes de terror, o filme conta com um elenco simplesmente espetacular, onde quatro deles se envolveram já com o Oscar. Benedict Cumberbatch (indicado por O Jogo da Imitação), Chiwetel Ejiofor (indicado por 12 Anos de Escravidão), Tilda Swinton (venceu por Conduta de Risco) , Rachel McAdams (indicada por Spotlight). Fora claro a presença de outros talentos que não foram indicados ainda para grandes premiações, porém fazem um grande trabalho. Scott Adkins faz aqui, talvez, o que é até este momento seu maior filme, e fez bem.

Até o presente momento a Marvel não errou ao ponto de dizer que algum de seus 14 longas é ruim, temos escorregões como Homem de Ferro 2, Thor ou Vingadores: A Era de Ultron. São filmes bons que se apagaram entre outros espetaculares.

O visual do filme é sensacional, um tom psicodélico que muitos tem comparado a "viagens químicas" (como não tenho experiência no assunto, confio no julgamento dos outros). Os efeitos especiais fazem jus ao novo elemento que a Marvel tentou adotar com este longa, o plano astral. O resultado, em minha opinião, foi bem executado e é impressionante. Claro, que como citei acima, não passei pela experiência de ler as HQs do personagem, então o resultado do filme, para mim, é mais do que satisfatório.

Claro que o filme não é perfeito em tudo. Ao mesmo tempo que se valoriza ao extremo o personagem título, claro, grande parte para justificar que um dos melhores atores da atualidade está no papel (para quem tem dúvidas, assista a série do Sherlock Holmes), achei que valorizaram pouco o vilão do filme. A presença de Tilda Swinton em qualquer filme sempre vai elevar a qualidade, que mesmo no tão criticado filme Constantine (clique aqui para assistir a crítica), seu papel foi perfeito.

Um bom filme, claro, que segue a fórmula batida da Marvel. Menos humor do que Homem-Formiga e é o que mais arriscou em efeitos especiais. Doutor Estranho nos abre para um novo personagem que certamente irá dar as caras em futuros projetos.

Trailer do site:
Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)