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domingo, 29 de maio de 2016

Crítica de Alice Através do Espelho


Sinopse: Alice (Mia Wasikowska) retorna após uma longa viagem pelo mundo, e reencontra a mãe. No casarão de uma grande festa, ela percebe a presença de um espelho mágico. A jovem atravessa o objeto e retorna ao País das Maravilhas, onde descobre que o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) corre risco de morte após fazer uma descoberta sobre seu passado. Para salvar o amigo, Alice deve conversar com o Tempo (Sacha Baron Cohen) para voltar às vésperas de um evento traumático e mudar o destino do Chapeleiro. Nesta aventura, também descobre um trauma que separou as irmãs Rainha Branca (Anne Hathaway) e Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).

Elenco:  Mia Wasikowska Johnny DeppHelena Bonham CarterSacha Baron CohenAnne HathawayRhys IfansMatt LucasEd Speleers. Diretor: James Bobin


A pergunta que abro o texto é: Precisava de continuação? O filme de Alice no País das Maravilhas (2010) já não teve um sucesso esperado, muito criticado aliás, e mesmo assim Hollywood faz novamente sua tentativa cega de obter lucros com filmes que fazem apelação ao recurso 3D. O filme não é ruim, na verdade alguns momentos são divertidos, mas infelizmente a palavra caça-niqueis não sai da cabeça.

Esta continuação é como o anterior, poucas referencias ao livro de Lewis Carroll e muita apelação aos recursos digitais. Nenhum momento de ambos os filmes realmente justifica a produção, caindo na moda de releitura de contos de fadas.

São "toneladas" de computação gráfica em mundo sem profundidade para nós aproveitarmos o visual. Computação gráfica caiu no conceito de muitos que defendem a volta dos efeitos visuais artesanais.

Surpreende um pouco o trabalho do diretor James Bobin, que continua o trabalho feito por Tim Burton no primeiro filme, com suas obras sempre artísticas e que coleciona fãs, mesmo que o filme não tenha um bom roteiro. No caso da continuação, Bobin espeita o trabalho de Burton e adiciona um pouco mais de dinamismo e ritmo, com isso o filme ganhou muito. Principalmente por James Bobin não ter uma carreira tão conhecida para assumir o posto de um grande diretor com uma visão tão diferenciada.

Quanto ao elenco, o sempre competente formado por amigos de Burton. Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen já trabalharam juntos com o diretor em outras obras fora do universo de Alice e conferimos muita competência. Mesmo que Johnny Deep viva hoje uma polêmica em sua vida pessoal, sempre teremos a admiração em seu trabalho, algo que devemos separar cuidadosamente em julgar o ator e a pessoa.

No fim das contas, o filme funciona. Não é algo terrível e nem maravilhoso e está soando um pouco melhor do que o filme anterior. Mas infelizmente é como várias outras obras, que assistimos, damos algumas risadas e saímos do cinema para esquecer o filme na hora seguinte.

Trailer do site:

segunda-feira, 23 de maio de 2016

X-Men: Apocalipse


Elenco: Evan Peters, Alexandra Shipp, Hugh Jackman, Ben Hardy, Tye Sheridan, Lana Condor, Kodi Smit-McPhee, Lucas Till, Monique Ganderton, Josh Helman, Tomas Lemarquis, Anthony Konechny. Diretor: Bryan Singer.

Sinopse: Também conhecido como Apocalipse, En Sabah Nur (Oscar Isaac) é o mutante original. Após milhares da anos, ele volta a vida disposto a garantir sua supremacia e acabar com a humanidade. Ele seleciona quatro Cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do outro lado, o professor Charles Xavier (James McAvoy) conta com uma série de novos alunos, como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee), além de caras conhecidas como Mística (Jennifer Lawrence), Fera (Nicholas Hoult) e Mercúrio (Evan Peters), para tentar impedir o vilão.


No início do filme, Jean Grey solta uma frase que não me agradou: “Pelo menos concordamos que o terceiro filme é sempre o pior”, ao sair de uma sessão de O Retorno de Jedi (1983). A piada da personagem, claramente foi uma referencia ao terceiro filme da franquia X-Men: O Confronto final (2006). Mas acho injusto usar o terceiro filme de Star Wars para a brincadeira, já que acho bem melhor que o primeiro, Star Wars: Uma nova Esperança (1977). Claro que a piada ainda vale, se compararmos a outros casos que já aconteceram no cinema.

O filme já impressiona desde o início, com o surgimento do personagem que já sabemos que será um vilão cruel e terrível. Usaram a referência da religião egípcia antiga, para dizer que a mutação e os poderes extraordinários, na época, eram vistos como de seres divinos, uma boa saída para dizer que o vilão é um ser antigo e visto como um deus e também para usar "fatos reais" da humanidade.

A tal humanidade também foi uma tentativa acertada que Bryan Singer encontrou para mostrar seus mutantes indo ao cinema ou passeando no shopping. Talvez fazendo referência também ao fato de que em 1983, os mutantes ainda não tinham tantos problemas para ingressar na sociedade. Algo que foi mostrado como uma coisa terrível em filmes anteriores que se passam em tempos mais atuais.

A escolha do elenco é vista como fundamental para a trama. Seria terrível ver o filme afundar por causa de atores que não se entregam para o papel. Hugh Jackman (Wolverine) já é figura carimbada da franquia, apesar que em várias entrevistas já disse que vai parar porque o personagem exige demais de esforço físico. Grata surpresa foi Sophie Turner (Jean Grey) que já conhecemos de Game of Thrones. Entre outros já conhecidos que foram ingressando com o tempo na franquia. Não coloco nenhum ator como responsável por alguma crítica.

Vários momentos do filme também empolgam, como a luta entre "gladiadores mutantes", a evolução de Magneto (Michael Fassbender) e cenas em que aparecem o Mércurio (Evan Peters) são muito divertidas.

Infelizmente ainda não vi aquele filme do X-Men que julgo ser o perfeito. Falhas infelizmente acontecem, talvez para criar uma trama onde seja perfeita em amarrar pontos de tantos personagens. Não me diga que o filme solo do Wolverine foi pior e era apenas sobre ele, porque mesmo se tratando apenas de Wolverine, colocaram diversos personagens, muitos deles desnecessários naquela ocasião.

X-Men: Apocalipse entra como um dos melhores filmes da franquia, talvez, para mim, esteja empatado com X-Men 2 (2003) e X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.

Trailer do site:


X-Men: Apocalipse
X-Men: Apocalipse Trailer Legendado


Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)

segunda-feira, 9 de maio de 2016

O Maior Amor do Mundo


Elenco: Jennifer Aniston, Julia Roberts, Kate Hudson, Jason Sudeikis, Britt Robertson, Timothy Olyphant, Sarah Chalke e Shay Mitchell. Diretor: Garry Marshall

Sinopse: Nesta comédia romântica, várias histórias associadas à maternidade se cruzam: Sandy (Jennifer Aniston) é uma mãe solteira com dois filhos, Bradley (Jason Sudeikis) é um pai solteiro com uma filha adolescente, Jesse (Kate Hudson) tem uma história complicada com a sua mãe, Kristin (Britt Robertson) nunca conheceu a sua mãe biológica e Miranda (Julia Roberts) é uma escritora de sucesso que abre mão de ter filhos para se dedicar à carreira.



Ridículo mesmo é pensar em quem traduz o nome do filme no Brasil, essa pessoa não chegou a pensar que "O Maior Amor do Mundo" era na verdade um filme brasileiro estrelado por José Wilker e Taís Araújo em 2006. Basta uma rápida pesquisa em sites de busca ou sites especializados de cinema para começar a confusão entre links dos dois filmes. Na verdade este filme americano chama-se simplesmente Dia das Mães. Consulte este link do site AdoroCinema para ver informações do filme brasileiro.

O filme O Maior Amor do Mundo (ou Dia das Mães) segue uma receita que já vimos muitas vezes em filmes como Simplesmente Amor (2003), Ele Não Está Afim de Você (2009) Idas e Vindas do Amor (2010), Noite de Ano Novo (2011) ou O Que Esperar Quando Você Está Esperando (2012). São histórias que "se cruzam" sobre variados personagens interpretados por atores muito reconhecidos do público, uma receita fácil que me faz lembrar de novelas e que muitas vezes pode resultar em histórias sem muitos atrativos. Sempre existe um personagem que se destaca e as vezes dispensamos as histórias paralelas que poderiam ser mais interessantes.

O diretor Garry Marshall é o responsável por trazer o filme com o tema do dia das mães, mantendo agora sua saída de fazer filmes com temas de datas especiais e esses filmes com tom de novela com tantos personagens que não cabem no filme. Sinceramente, após Uma Linda Mulher, pouco posso reconhecer seu talento em tentar fazer um filme que realmente tem um esforço para ser marcante.

O Maior Amor do Mundo coleciona os mesmos problemas dos tantos filmes parecidos anteriores, são clichês, piadinhas, situações embaraçosas, e principalmente personagens superficiais. Uma tentativa de alcançar o sucesso do filme forçando de todas as formas para que o público se identifique com algum personagem ou algumas das situações.

Esses clichês de comédia romântica mostram ser um produto consideravelmente consumido, o que pode ser um problema de sempre assistirmos mais do mesmo. Este filme em particular mostra que é possível desenvolver um roteiro leve e uma proposta familiar, mas mesmo assim é fácil notar o público se ajeitando nas cadeiras e olhando nos relógios para torcer que os minutos passem. 

Não espere ver casos de amor, paixões e loucuras (sim, ainda tem isso), mas o filme em geral tenta abordar as relações de família, especialmente com as mães. Então, talvez, o romance não é o tema forte do filme.

O Maior Amor do Mundo precisaria amadurecer muito para chegar ao nível de Simplesmente Amor (2003) que não sou um grande fã, mas ao menos funcionou dentro da fórmula.

Não sou contra filmes de romance, mas se for recomendar algum, prefiro que seja Em Algum Lugar do Passado, Uma Linda Mulher ou Como Perder Um Homem em 10 Dias.

E vamos dizer honestamente, não é apenas colocar Julia Roberts em um filme, que significa que vai ser bom.

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