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sábado, 25 de junho de 2016

Independence Day - O Ressurgimento


Elenco: Liam HemsworthJeff GoldblumBill PullmanJessie UsherMaika MonroeVivica A. FoxSela WardWilliam FichtnerJudd Hirsch. Diretor: Roland Emmerich

Sinopse: Após o devastador ataque alienígena ocorrido em 1996, todas as nações da Terra se uniram para combater os extra-terrestres, caso eles retornassem. Para tanto são construídas bases na Lua e também em Saturno, que servem como monitoramento. Vinte anos depois, o revide enfim acontece e uma imensa nave, bem maior que as anteriores, chega à Terra. Para enfrentá-los, uma nova geração de pilotos liderada por Jake Morrison (Liam Hemsworth) é convocada pela presidente Landford (Sela Ward). Eles ainda recebem a ajuda de veteranos da primeira batalha, como o ex-presidente Whitmore (Bill Pullman), o cientista David Levinson (Jeff Goldblum) e seu pai Julius (Judd Hirsch).


Não posso mentir sobre o fato que fui ao cinema em 1996 conferir o primeiro Independence Day, justamente pelo fato do filme possuir cenas espetaculares dos ataques alienígenas em "nossas" grandes cidades. O que assisti, realmente superou minhas expectativas, o filme teve cenas impressionantes feitas com cidades em miniatura, explosões usando fogo de verdade e cenas empolgantes de batalhas aéreas. Mesmo que o filme terminou com um imenso "clichê" onde a saída foi nos livrarmos de nossos adversários da mesma forma sempre utilizada em outros filmes, a primeira parte de Independence Day pôde satisfazer seus expectadores. 

Exatos 20 anos depois, surge Independence Day - O Ressurgimento, filme que Will Smith (um dos heróis do primeiro filme) se recusou a fazer. A decisão de Will Smith foi acertada?

Trazendo de volta praticamente todo o elenco do primeiro filme e também praticamente a mesma equipe de produção, o filme novamente utilizou o apelo de encher nossos olhos com grandes explosões, batalhas aéreas e aquele humor bem ao estilo gringo, tudo o que o primeiro filme trouxe em seu ano de lançamento. Acontece que hoje, os concorrentes estão muito fortes no quesito de efeitos especiais e apelar para imensas cenas de destruição e explosões talvez mais faça o público criticar do que se encantar. O elenco, roteiro, a produção e outros quesitos muito importantes para a qualidade de um filme acabam não pesando tanto em um filme como esse, algo que funcionava a vinte, trinta ou mais décadas atrás, mas hoje em dia a concorrência é forte e é preciso muito mais do que encantar pelo visual.

Ao que veio, Independence Day - O Ressurgimento funciona. Realmente a qualidade dos efeitos especiais fazem a força da produção, talvez seja um dos filmes que irão figurar na categoria destinada a efeitos na cerimônia do Oscar. Assim como efeitos sonoros, edição de som ou mixagem de áudio, sim, o filme pode ser um grande concorrente nos quesitos técnicos.

Fico as vezes um pouco constrangido ao dizer que o filme apela para o patriotismo. Por mais que o resto do mundo critique a bonita bandeira dos Estados Unidos sempre ao alto com uma música emocionante e discursos de fazer americanos chorarem, em minha opinião, acho que devemos nos calar e continuar assistindo, afinal o filme é deles e é produzido com dinheiro deles.

Ao elenco, é até bacana e nostálgico rever Jeff GoldblumBill Pullman e Vivica A. Fox. Mesmo que não seja o melhor filme da carreira deles, revê-los foi muito gratificante. Falo de nostalgia sobre eles porque estavam "sumidos" do cinema e fizeram filmes que sou muito fã como Jurassic Park (Jeff Goldblum) S.O.S Tem Um Louco Solto no Espaço (Bill Pullman) ou Kill Bill (Vivica A. Fox).

O roteiro foi escrito por cinco pessoas diferentes, que pelo talento demonstrado, parece que se juntar todos em uma pessoa só daria um adolescente inexperiente. Totalmente cheio de clichês, história fraca e mais do mesmo, o filme não encanta por sua história fazendo o público torcer para que chegue a próxima explosão e o filme fique empolgante de novo. Talvez o "interessante" é mostrar o que seria hoje se realmente os acontecimentos do primeiro filme de 1996 fossem reais, a humanidade se aproveitaria da tecnologia que aprendemos dos alienígenas e faríamos defesas mais eficazes, isso eu acredito que o roteiro acertou.

Resumindo, sempre que aparece um filme que se declara grande produção e é dirigido por Roland Emmerich, podemos deduzir que vamos assistir o mundo quase acabando em explosões sensacionais e história fraca. Independence Day - O Ressurgimento é como outros filmes do diretor, uma imensa produção para nos divertir e entreter, mas com uma história cheia de clichês e humor fora de hora. Talvez seja até um mérito de Roland Emmerich, pois ele não tem medo de fazer o que quer.

Prefiro ainda o primeiro filme, pois por mais que ambos sejam iguais nos quesitos de exageros de efeitos especiais, som alto e ação, ao menos o primeiro Independence Day (1996) tinha o mérito de ser produzido de modo mais artesanal, ou como diríamos mais popularmente, "no braço".

Trailer do site:
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Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

As Tartarugas Ninja - Fora das Sombras



Sinopse: Auxiliado pelo dr. Baxter Stockman (Tyler Perry), o Clã do Pé planeja libertar o vilão Destruidor (Brian Tee) exatamente quando ele é transferido para a prisão. Após o plano de resgate ser descoberto por April O'Neal (Megan Fox), as tartarugas ninja entram em ação para impedi-lo - só que fracassam graças à iniciativa de Krang, um ser alienígena que planeja invadir a Terra. Para enfrentá-los, as tartarugas contam com a ajuda de um novo combatente: Casey Jones (Stephen Amell), um policial que estava no camburão que conduzia o Destruidor quando conseguiu escapar.



Lembro de anos e anos atrás quando eu era apenas um moleque que voltava da escola e ia correndo ligar a TV para ver se o desenho das Tartarugas Ninja estava passando. Eu adorava ver todo o humor, ação, lutas e poder comentar com meus amigos no dia seguinte.

Pouca gente sabe hoje em dia, mas as Tartaguras Ninja surgiram nos quadrinhos em 1984 pela editora Mirage Comics. Bem mais violento e diferente do que vemos hoje em dia, o universo dos personagens mutantes foi adaptado em diversas situações, rendendo até uma trilogia no cinema na década de 1990, séries de TV e jogos eletrônicos.

Sobre As Tartarugas Ninja - Fora das Sombras, filme que estreou na semana passada, o que se pode dizer é que o filme veio para agradar aquele público adolescente que mais se preocupa em encher os olhos com cenas de ação, computação gráfica e efeitos 3D do que em um roteiro de qualidade. Eu particularmente prefiro que um filme tenha efeitos toscos e uma boa história do que o contrário. Mas claro que minha humilde opinião não muda o fato de que o filme fez muito sucesso nos Estados Unidos e com certeza vai render ainda muito para o estúdio.

Melhor do que o anterior, o filme enche os olhos pela qualidade dos efeitos especiais. É óbvio que essa foi a intenção dos produtores, já que não precisa ser muito inteligente para sacar que o roteiro foi feito de uma forma expressa apenas para compor um começo, meio e fim e jogar explosões, ação e humor na tela. O que impressiona, talvez, é o fato do filme dar vontade de assistir até o fim, mais uma vez me fazendo afirmar que é melhor que o anterior, mas não falo que seja realmente um filme ótimo.

Para os nostálgicos de plantão, é claro que nós da geração anterior ficamos animados com a aparição de personagens que amávamos na série de TV. Mas julgamos sim esse As Tartarugas Ninja - Fora das Sombras e seu anterior como algo muito mais fraco até do que os filmes da década de 1990, principalmente o primeiro e o segundo eram sensacionais.

Megan Fox, seguindo seu padrão de atuação, se destaca no filme passando ser mais útil para a trama do que em Transformers e ela claro sempre vai ser mais notada por sua beleza do que pelo talento. O restante do elenco faz o seu padrão e consegue justificar o salário. Quanto ao diretor, Dave Green, também segue o mesmo raciocínio, certamente ele pode mais.

Resume-se então que As Tartarugas Ninja - Fora das Sombras deve ser assistido sem a preocupação de que o roteiro vai surpreender com alguma reviravolta ou algo mais "inteligente". Filme que segue um padrão de ação no "nível hard" com muitos efeitos especiais e que facilmente vamos esquecer quando chegarmos na praça de alimentação. Não surpreende, pior que os filmes da década de 1990, mas consegue ser melhor que o anterior.

Apenas uma observação, meu personagem favorito na série de TV sempre foi o Donatello e fico triste nesses filmes em darem uma "desvalorizada" nas capacidades de luta do personagem, tornando ele apenas em ser útil apenas para ser inteligente.

Trailer do site:

Daniel Fontebasso
(Crítico e diretor de curtas)

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Crítica de Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos


Sinopse: A região de Azeroth sempre viveu em paz, até a chegada dos guerreiros Orc. Com a abertura de um portal, eles puderam chegar à nova Terra com a intenção de destruir o povo inimigo. Cada lado da batalha possui um grande herói, e os dois travam uma disputa pessoal, colocando em risco seu povo, sua família e todas as pessoas que amam.

Elenco: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster, Dominic Cooper, Toby Kebbell, Ben Schnetzer, Robert Kazinsky, Clancy Brown, Daniel Wu, Ruth Negga, Anna Galvin, Callum Keith Rennie, Burkely Duffield, Ryan Robbins, Dean Redman. Diretor: Duncan Jones.


Assim que anunciaram a adaptação do game Warcraft para o cinema, eu já estava com a minha opinião formada, mesmo antes de lançarem o primeiro trailer. Meu pensamento era o medo de mais uma tentativa dos estúdios se aproveitarem de grandes sucessos de jogos eletrônicos consagrados para tentarem faturar alto em filmes, afinal os títulos já possuem um número considerável de fãs e a chance de, ao menos, o filme não dar prejuízo é boa.

Meus medos se tornaram realidade. Joguei Warcraft a muito tempo atrás, em épocas que o game era de gráficos simples em 2D. Confesso que não era um jogador fanático, mas eu imaginava que daria uma boa história de filme. Anos se passaram e as adaptações de games para o cinema vieram, alguns razoáveis e outros potencialmente ruins. Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos, entra em um status de filme razoável, mas por causa do "papo" do diretor Duncan Jones antes do lançamento do filme, dizendo: "A era das boas adaptações de games finalmente chegou”. Fãs do mundo todo já se preparavam para um filme arrebatador, cheio de elementos do game. Infelizmente o que conferimos foi um filme excelente em computação gráfica e ruim no roteiro, geralmente o que ocorre em adaptações de games.

Do lado orc temos Durotan (Toby Kebbell), um chefe de clã constituindo família contra a opressão de um mago opressor. Do lado humano, o general Lothar (Travis Fimmel) enfrentando uma invasão. Ambos defendem seu povo - e o filme tenta equilibrar razões, para manter jogadores satisfeitos. A trama acompanha eventos do primeiro jogo, de 1994, mostrando como começou a animosidade entre as duas raças e a Primeira Guerra que travaram. Visualmente, o filme é um espetáculo que homenageia diversas CGs dos jogos e traz pequenos easter eggs que aquecem os corações dos fãs.

Sou muito mais a favor de um filme bem desenvolvido, com um roteiro bem amarrado e com a edição coerente, do que simplesmente me apegar a efeitos especiais e soberba de grandeza. Se Warcraft aposta suas fichas em um filme épico, grandioso e cheio de ação,  o seu roteiro foge totalmente disso apresentando uma história mal escrita e totalmente confusa, insistindo em apresentar diversos personagens, sem nunca escolher seu protagonista. Quase todos os heróis e vilões não possuem grande interferencia e não crescem na narrativa, confiam uns nos outros sem razão aparente.

O resultado é uma história difícil de entender a passagem de tempo e na qual eventos terríveis, não parecem tão ameaçadores, pois se tornam um detalhe citado e rapidamente esquecido.

Daria para dizer que é um filme razoável, se não fosse tamanha soberba antes do lançamento.

Trailer do site: