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sexta-feira, 7 de abril de 2017

A Cabana


Sinopse: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.



Sim, eu li o livro. Fui influenciado pelo que as pessoas tanto falavam da obra de William P. Young, lançado em 2007, que figura com o carimbo de Best Seller e certamente justifica seu assunto principal, que é uma metáfora para enfrentar o problema da dor.


Durante a leitura, percebi que o livro realmente mexe com a questão de que quando enfrentamos uma dor terrível, vindo de uma tragédia, passamos a ignorar praticamente tudo o que está a nossa volta e quando damos atenção, é com muita falta de disposição. Viramos as costas para família, amigos e até mesmo para Deus. O livro leva sua justificativa de que nos mostra que é possível sair do fundo do poço, uma ficção maravilhosa, bonita e tocante onde o personagem principal é levado a um encontro pessoal com Deus, Jesus e o Espírito Santo.

Mas será que o filme tem o mesmo brilho do livro?

Primeiramente é impressionante notar outras críticas do filme, onde o chamam de "doutrinador", "gospel", "forçar religião goela abaixo". Ora, o livro, um Best Seller, é assumidamente voltado ao homem deprimido e já entregue pela morte da filha, que precisa ser quebrado e reconstruído. Nesse caso, o autor nos mostra que realmente utiliza Deus, Jesus e Espírito Santo como o oleiro que precisa reconstruir seu vaso de barro. É a proposta da experiencia espiritual que uma pessoa que já está entregue ao desespero e depressão pode buscar.

Imbecilidade dos críticos ou pela falta de informação que se recusaram a procurar, o filme é uma adaptação do livro, então se vão criticar o filme por ser "doutrinador", recomendo que batam na porta do Sr. William P. Young e discutam isso com ele. Só um aviso, antes de apontar o dedo na cara dele, leve a informação de que foram 10 milhões de cópias vendidas até o momento, onde uma gigante parte de leitores simplesmente adoram e recomendam a obra.

Outro fator incrível é que os tais críticos aceitam numa boa obras como Cinquenta Tons de Cinza ou Crepúsculo, onde os autores escrevem, desculpem a palavra, a merda que querem, está tudo bem, mas quando se trata de Deus, a obra já é julgada de doutrinadora.

O filme, infelizmente, é como toda adaptação de livros. Sempre o livro é melhor, claro. Mas elementos essenciais estão presentes, assim como no livro, como a dor, desespero, entrega, paz existencial e principalmente a fé estão lá. Outro elemento que o autor decidiu fazer em seu livro, foi fundamental para abraçarmos a obra, que é a aceitação de etnias, como o personagem principal sendo um branco, Deus sendo uma negra, Jesus sendo uma pessoa que lembra alguém do oriente médio, o Espírito Santo sendo uma asiática e outra personagem que é a Justiça, sendo interpretada por Alice Braga, nossa conterrânea, ou seja, uma latina.

O filme, é uma produção segura e politicamente correta. O diretor Stuart Hazeldine decidiu não arriscar, passando para a telona o que o livro é. Alguns pontos negativos ocorrem, não é um filme perfeito, mas o ponto alto realmente é a presença da vencedora do Oscar, Octavia Spencer, no papel de Deus. Incrível ver uma pessoa vinda dos filmes de comédia, dar tanta emoção e força para o personagem.

Devo admitir que certos momentos, tanto o livro quanto o filme, se utilizam de chantagem emocional, praticamente nos falando "chorem, vamos, chorem", mas que obra dramática não faz isso? Sempre ao Seu Lado, Marley e Eu ou até mesmo Titanic, você verá o mesmo artifício.

Seja você cristão, de qualquer outra religião ou incrédulo, não pode negar que o filme é bonito e tocante, apesar de ter vários defeitos, no fim das contas existe a satisfação quando saímos da sala de cinema.

Para você que não pode ver o nome de Deus ligado a nenhuma obra que o ajuda de alguma forma, peço que pense novamente no conteúdo de A Cabana.

Trailer do Site:

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-220986/trailer-19553556/
Daniel Fontebasso
(Crítico e Diretor de Curtas)

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